«Mou» e a teoria da gravata desapertada

A marca «José Mourinho», devidamente registada e blindada, ao melhor estilo de «CR9», é uma das mais valiosas e carismáticas da actualidade. No país das revistas «del corazón», Mourinho e a sua barba de três dias e os cabelos grisalhos, ao melhor estilo do seu ex-vizinho do Lago di Como, George Clooney, vão ser escrutinados diariamente. Ao mais ínfimo pormenor. Um crítico do jornal «El Mundo» foi ao ponto de, reparando no pormenor da gravata desapertada de Mourinho, ter dito que Florentino Perez, o presidente do Real e dono de um império da construção civil em Espanha, «confia o o seu futuro ao nó torcido da gravata do treinador». Modas à parte, certo é que ninguém lhe ficará indiferente a «Mou», o «petit nom» que italianos e agora espanhóis adoptaram. Estamos desertos que comece a temporada. Mas antes disso deixemos o homem ir de «vacaciones» para estoirar um mesito de ordenado. O pior, para ele e para a sua família, é que não é garantido que nas Maldivas Mourinho seja um desconhecido.

Guerra, mentiras e vídeos

No eterno conflito do Médio Oriente, israelitas e palestinianos vão-se revezando no papel de carrasco e vítima. O último episódio, em que Israel atacou indiscriminadamente um conjunto de seis navios que transportava cerca de 750 pessoas dispostas a prestar ajuda humanitária à Faixa de Gaza, é inexplicável, independentemente da quantidade de videos justificativos que Telavive apresente e do eterno argumento da legítima defesa. Os múltiplos contactos diplomáticos são irrelevantes para travar a espiral de violência. Ainda está para nascer o presidente americano que consiga desmobilizar a obsessão bélica do «velho aliado». Depois não se queixem por serem dois dos países mais odiados do Planeta.

Real Mourinho

Mourinho, dia um na «casa branca» espanhola. O português mais conhecido do Mundo foi apresentado, sem pompa e com pouca circunstância, no estádio do clube mais mediático do Planeta. Uma hora de conferência de imprensa, de forma fluente em várias línguas, onde sobressai a frase, «neste clube atrai-me a história e as frustrações». Quem fala assim, não é gago.

A frase do dia

«O Mundial fará melhor ao Governo do que ao País», Bagão Félix, ex-ministro das Finanças, Jornal de Notícias, 30 Maio 2010

Eu vi e engoli um sapo Alegre

O PS vai mesmo apoiar Manuel Alegre nas presidenciais do próximo ano. Sócrates engoliu um sapo (dos grandes) recusando fazer a vontade a Soares e a outros socialistas que não podem ver o poeta Alegre à frente. Hoje, Cavaco preferiu falar de cavalos e já alimenta mais um dos seus enjoativos tabus. O Presidente que se acautele. Uma coisa é vencer as eleições na primeira volta, outra é se for obrigado a disputar uma ronda final com o candidato da esquerda federada. Com o eleitorado gay Cavaco sabe que pode contar, o mesmo não se pode dizer com os portugueses mais conservadores, indignados com a promulgação do casamento entre pessoas do mesmo sexo. João César das Neves, um conhecido apoiante e colaborador de Cavaco nos seus tempos de líder do governo, já saiu a terreiro dizer que a decisão do Presidente vai fazê-lo perder mais votos do que ganhar. Fica o alerta.

Chiclete, mastiga e deita fora

A revista «Time» diz que esta moça, de apenas 17 anos, mas com um grande corpanzil, está entre as 100 pessoas mais influentes do mundo. A Miley, para uns, ou Hannah, para outros, deu hoje uma mega-sessão de autógrafos para cerca de 500 fãs. Com ar de frete e mascando chiclete, a cantora lá foi aguentado estoicamente a seca, enquanto rubricava livros e cd's, numa espécie de linha de montagem. Uma câmera indiscreta da RTP filmou o momento em que quando se fartou da pastilha, Miley, ou será Hannah, tirou-a da boca, esmagando-a na tampa de uma garrafa de água cheia que tinha ao lado. Assim se vêem as estrelas. Um verdadeiro exemplo para a pequenada.

Este serão tem o patrocínio do BES

Portugal é, por estes dias, o país da vuvuzela, dos festivais e da selecção. Já não bastava a histeria infantil em torno da artista feijão frade, Hannah Montana para uns, Miley Cyrus para outros, agora, com o Rock in Rio da feira de Chelas a dar as últimas, é a vez de um serão no canal público patrocinado pelo Banco Espírito Santo. O canal do serviço público «vendeu-se» ao BES durante toda a tarde/noite de domingo, com o pretexto que o concerto dos Black Eyed Peas era de apoio à selecção nacional. Acontece que em ligação directa à Covilhã, Cristiano Ronaldo quis fazer o «bonitinho» a um dos patrocinadores que mais milhões lhe paga,precisamente o BES, e agradeceu ao banco a transmissão do concerto da banda norte-americana, tendo em seguida feito, diante das câmaras, o gesto de «dinheiro em caixa», perante a gargalhada dos restantes companheiros de estágio.
PS: Para não destoar até o pullover do apresentador da RTP Francisco Mendes era verde. Não um verde qualquer. Verde BES.

Sócrates procura inspiração em Chico

Também estavamos a achar que a esmola era muita.

As confissões de um «soldado na reserva»

Santana Lopes é um caso perdido. A um ex-primeiro-ministro, mesmo que tenha sido nomeado e não escolhido pelo povo, exige-se reserva, discrição e tento na língua. Santana faz sempre o oposto. Em entrevista ao «I» classifica-se como um «soldado na reserva» e lança a escada para colaborar na «vendetta» contra Cavaco na corrida presidencial. Para piorar as coisas, o ex-líder do governo, aceitou ser comentador na SIC durante o Mundial de Futebol, na companhia de Miguel Sousa Tavares. Santana precisa de ganhar a vida como o comum dos mortais, não pode é depois pedir que o levem a sério.

A «stora» abriu o compêndio

Numa sessão fotográfica verdadeiramente arrasadora, Bruna Real conta em exlusivo à «Vidas» do «Correio da Manhã» retalhos da vida de uma «stora» de música afastada por ter pousado para a «Playboy». A docente confessa que conheceu o namorado, o militar Estrelinha, na rede social Hi5 e pensa concorrer no próximo ano lectivo para uma escola de Lisboa. Daqui se faz o apelo à senhora ministra Alçada para que facilite o concurso da professora Bruna e a coloque num estabelecimento de ensino da capital, em nome do sucesso escolar. Esta professora tem a carreira lançada e de uma coisa tenha a certeza: não é a dar aulas de música que vai ganhar a vida daqui para a frente.

Algo imprevisto

Insólito. Jimmy Jump, um intruso já conhecido de outros carnavais, irrompeu palco adentro durante a participação espanhola de Daniel Diges no Festival Eurovisão da Canção que decorreu em Oslo, Noruega. O espontâneo catalão esteve 20 segundos em cena, colaborando na coreografia da canção «Algo Pequeñito», tendo sido retirado pelas forças de segurança. Diges não se desmanchou e continuou até ao fim da canção, como se nada fosse. A organização do evento determinou que pela primeira vez na história do concurso, uma música fosse repetida. Como é habitual nesta «salada russa» que se tornou o Festival da Eurovisão(?), onde participam sérvios, bósnios, israelitas, moldávos e arménios, os votos do povo português atribuíram a pontuação máxima (12) ao candidato espanhol. Filipa Azevedo, a representante nacional que concorreu com música e letra do jornalista da SIC, Augusto Madureira, não foi além do 18.º posto. Lena Meyer-Landrut, uma estudante de 19 anos, deu pela segunda vez na história o triunfo à Alemanha, com a canção «Satellite».

Obama com as mãos sujas

O interminável derrame no poço de petróleo da BP, o maior desastre ecológico da história americana, está a manchar, ainda mais, a popularidade de Obama. Já se fala de um «Katrina» parte 2, nas costas do Estado da Lousiana. O Presidente deslocou-se pela terceira vez ao local dos acontecimentos, onde sujou literalmente as mãos e assumiu toda a responsabilidade.

Os valores do bolso

Uma jornalista do «Público» disse esta noite num daqueles programas de «review of the week» algo que nos devia levar a reflectir: as sondagens negativas para o PS, e por consequência em alta para o novel líder da oposição, só começaram a aparecer quando o governo impôs medidas de austeridade e não quando foram denunciados os casos da licenciatura na Independente, dos projectos da Guarda ou as escutas do «Face Oculta». Confessa a jornalista, em tom de lamento, que fica chocada por «os nossos valores serem os do bolso». Bem dito.

Desabafo em bom português

Carla Trafaria até se está a mostrar uma revelação na apresentação do «Bom dia Portugal», a meias com o seu colega e marido, João Tomé de Carvalho, mas ontem teve um dia mau e borrou a pintura. A pivô engasgou-se a dizer as cotações da bolsa e depois soltou, com o microfone aberto, um sonoro mas franco: «Boa merda que eu acabei de fazer». Acontece. Também não é caso para abrir um inquérito interno na estação do Estado, mas a Carla já é sensação no You Tube.

O clube dos coleccionadores de cromos

Continua a febre das cadernetas a duas semanas do pontapé de saída do Mundial. O que eu desconhecia é que os fóruns que existem na net para a troca de cromos já convocam mobilizações para centros comerciais e praças centrais de todo o país. Objectivo: leva a tua caderneta e trocamos cromos. Espera-se grande algazarra amanhã, quando forem 19 horas, à porta da FNAC do Colombo. Não está previsto nenhuma sessão de autógrafos. É mesmo uma concentração pacífica dos coleccionadores da aclamada caderneta da Panini. No meu caso continuam a faltar-me 60 cromos difíceis. Alguém tem para a troca?

Central eléctrica do Pêgo

Júlia Pinheiro já se pode reformar à vontade. O seu filho Rui Pêgo é um sucessor à altura da «sirene» de Queluz de Baixo. Eléctrico como a progenitora, o Pego júnior fez furor nas entrevistas que a SIC Radical transmitiu no intervalo dos concertos do dia 3 de Rock in Rio. As parecenças com a mãe são assustadoras. Só de os ouvir, cansa.

Vão à página dos fãs da garoto no Facebook e deixem uma palavra de estímulo. Maça que se farta, mas consegue ser melhor que o inenarrável Nuno Luz, nos estágios da selecção.

O procurador provinciano

Eu acho que o cargo de procurador-geral da república é de tal forma importante que o seu titular devia falar esporadicamente, do tipo «quando o rei faz anos». Souto Moura era o inábil que se sabia. Pinto Monteiro parecia menos cepo, mas enredou-se nas escutas e teima em não libertar-se delas. Hoje disse que Portugal «não era um país de corruptos». Ou é lírico ou então deve viver noutro país. Só pode.

United Colors of «Vanity Fair»

Cristiano Ronaldo não está nada contente com a montagem que o faz dividir a capa da edição de Junho da revista norte-americana «Vanity Fair» com o futebolista do Chelsea Didier Drogba. O madeirense posou para a mais categorizada fotógrafa do Planeta, Annie Leibovitz, mas fez birra por não ter sido o futebolista exclusivo da prestigiada publicação. Cristiano não quer misturas e há já quem o acuse de racismo.

Homicídio FM

No país do samba e do futebol, que dizem que é a última maravilha do mundo em desenvolvimento, as rádios transmitem homicídios em directo de polícias, quase como se estivessem a relatar um jogo entre o Flamengo e o Botafago. Oiça aqui.

A frase do dia

«Sou um péssimo dançarino e lamento desiludir», Pedro Passos Coelho, presidente do PSD, SIC-Notícias, 26 Maio 2010

«1,2,3», jure lá inocência outra vez

A pouco mais de um mês da leitura da sentença do caso Casa Pia, Carlos Cruz concede amanhã uma entrevista a Henrique Garcia da TVI, curiosamente o canal que mais concorreu para a tese da sua condenação. Porventura o afastamento de Manuela Moura Guedes e da sua indomável equipa de investigadores criminais terá pesado na escolha de Cruz e dos seus famosos causídicos, Sá Fernandes e Serra Lopes. Fica a dúvida se o timing escolhida para a mesma representa uma despedida ou o trampolim para um eventual regresso ao panorama televisivo. Certo é que qualquer que seja a deliberação do colectivo de juízes, o apresentador do «1,2,3» não tem grande espaço de manobra para viver o resto dos seus dias em Portugal. O tribunal da opinião pública já se encarregou de o condenar, juntamente com os restantes arguidos.

«Mou» em lágrimas

Foi hoje divulgado um video que mostra o emotivo abraço de José Mourinho e de Marco Materazzi no final do jogo da Liga dos Campeões, realizado sábado, em Madrid. Sinal evidente que a transferência para o colosso madrileno estava garantida. Com esta concorrência no mesmo clube, não será exagero dizer que Cristiano Ronaldo vai perder para o treinador de Setúbal o protagonismo dos últimos anos, dentro e fora do campo.

Sócrates, o político flexível

Se nutre um ódio de morte pelo Primeiro-Ministro e não sabe como o extravasar, aqui está o jogo ideal para aliviar o stress. Solicita-se que este jogo não seja praticado nos locais de trabalho sob pena de se registar alguma represália do foro laboral. Quem já experimentou diz que é bem melhor do que ler um livro antes de dormir. Basta arrastar o rato sobre a figura do engenheiro e já está. O resto é pura diversão.
Tente aqui

Academia de Verão

Portugal foi travado (0-0) no primeiro jogo de preparação para o Mundial 2010 por essa potência do futebol planetário chamada Cabo Verde. Os pupilos da academia do professor Queiroz continuam a arrastar-se em campo e parece que já começaram as férias. Ouvi dizer que Scolari está sem emprego e quer ficar na Europa. Não querem ir buscá-lo para um part-time de três semanas na África do Sul?

Cristiano, o conquistador

O cúmulo da cretinice, da tirania da publicidade e da inversão de valores é a colossal estátua que a Sonae deixou a Nike instalar no centro da principal praça do Centro Comercial Colombo, em Lisboa. Com a ignorância que grassa na nossa juventude não é de admirar que o jogador da bola madeirense seja um destes dias confundido com um qualquer herói da nossa História.

TV Marcelo

Seis anos e meio depois Marcelo Rebelo de Sousa regressou à TVI com os seus comentários de análise política, facto altamente promovido do ponto de vista mediático. Marcelo está na mesma, Júlio Magalhães é que está diferente, foi promovido a director de informação. O país já não pára para ouvir o professor, mas hoje a sua chegada às instalações do canal de Queluz Baixo foi atribulada. Apanhou uma árvore caída a caminho dos estúdios o que o obrigou a fazer uma longa caminhada a pé, além de ter deixado o carro «num sítio proibidíssimo», que nem tinha bem a certeza se se lembrava onde ficava.

A feira de Chelas

Deram-lhe o pomposo nome de Rock in Rio, mas para ser mais rigoroso apetecia apelidar o parque da Bela Vista de feira de Chelas, até porque tem tudo: muita gente, muita polícia, muito pó, bilhetes a 58 euros, uma roda gigante, lojas de marca e um cartaz que deixa algo a desejar para uma organização que se auto-intitula «o maior festival rock do mundo». Só não tem mesmo é comparação.

Próxima paragem: Madrid

Não é muito normal um treinador eclipsar o protagonismo dos artistas da bola. Por isso Mourinho é, realmente, especial. Soma triunfos e prestígio. Conta zero para o nosso PIB, mas é, juntamente com Cristiano Ronaldo, a nossa melhor imagem de marca no Planeta. Próxima paragem: Real Madrid. Na sua senda de progressão, o técnico chega agora ao maior colosso mundial. Venha quem vier, Mourinho será o grande «galático» da equipa «blanca» para 2010/2011. Até é bem capaz de fazer grande sombra ao mediatismo de Cristiano, seu futuro pupilo. Ele é magnético e sabe disso.

A conclusão do dia

«Mais de 150 mil portugueses são filhos de pai incógnito», Agência Lusa, 23 Maio 2010

Mira el portuñol del Sócrates!

El espanyol del nuestro primier ministro es muy, pero muy malo. José Sócrates estube nos «desayunos» (pequeno-almoço em português) da TVE, e deu uma «lección» de como no se deve hablar en el estrangero una língua que se domina mal. Lamentable. Lástima. Por lo menos la chica periodista tenia unas buenas piernas. A ver aqui.

Às pelos ares

Cristiano Ronaldo chegou à Covilhã vindo do céu, em helicóptero, depois de desembolsar 6 mil euros, acabadinho de sair de um anúncio publicitário em Madrid. É verdade que ele não joga sozinho na selecção, mas com tantos salamaleques fica-se com a sensação que o CR 9 jogador fica a meio caminho entre um cantor pop-star e um top model. Mesmo que o resto da equipa não colabore, o resultado final não pode ser brilhante.

Rock e e cacetadas para esquecer a crise

Com o Governo a esfarelar-se e o país à beira do precipício, indeciso entre parar ou dar o passo em frente como dizia o João Pinto do FC Porto, principiou hoje mais uma das festinhas «tugas» neste nosso Verão antecipado. E começou logo com assaltos e confrontos com a PSP no exterior do recinto do Rock in Rio. Os nervos estão à flor da pele. Em nome da responsabilidade política, espera-se que nenhum partido político se lembre de uma moção de censura contra o executivo em Junho, em pleno mundial da bola. Não dava jeito nenhum.

Festa dramática

O espectáculo taurino proporciona imagens dramáticas, mas não recordo como as que hoje foram registadas na praça de Las Ventas, em Madrid. Júlio Aparício lidava um touro quando tropeçou e recebeu a investida do animal que lhe perfurou o pescoço, atravessando a língua e fracturando o maxilar superior. Após múltiplas operações, o estado do toureiro é grave, mas a sua vida não corre perigo.

Piada de sexta-feira ao fim da tarde

Uma levezinha, que o dia vai pesado, fiscal e laboralmente falando. Como é que se chamam os filhos, gémeos, de um informático?

A frase do dia

«É preciso que os portugueses percebam que o Estado vive, há vários anos, numa situação parecida com o esquema da Dona Branca. Ou seja, paga a dívida e os juros com nova dívida. É como se uma família pagasse a prestação da casa com o cartão de crédito», Luís Campos e Cunha, ex-ministro das Finanças, revista «Visão», 20 Maio 2010

A bela e o escritor

António, o mais agitado dos irmãos Lobo Antunes, deu ontem o nó na igreja de Santa Isabel, em Lisboa. O escritor detesta aparecer mas foi logo casar-se com uma jornalista directora da revista 'Vip', de seu nome Cristina Ferreira de Almeida. Ao sentir a presença de repórteres nas imediações do lugar sagrado, Lobo Antunes não foi de modas e mandou os bem mandados escribas e bate chapas «para o c...». Por momentos fez lembrar o «eu quero é que vocês se f...», do falecido cineasta João César Monteiro, quando questionado pelos jornalistas sobre o seu filme negro.

Rock sem Roberta

Baixa de vulto no Rock in Rio. A cara do festival, Roberta Medina, caiu de um cavalo na Tapada de Mafra e fracturou uma vértebra. Ausência confirmada num evento que esteve 2 anos a preparar. Há dias de azar.

Pergunta à inteligência

Quantos meses tem um semestre?

A frase do dia

«Se o ensino tivesse mais professoras destas, certamente não havia tanto abandono escolar», Vasco Carvalhosa, in Facebook, no Grupo de Apoio à Professora Bruna Real, 20 Maio 2010

Treinador e porta-voz do presidente

Rui Santos já vinha avisando há muitos meses a esta parte. Paulo Bento era um técnico talhado para o FC Porto, à imagem e semelhança do seu presidente. O tempo parece vir a dar razão ao comentador. Dizem as gazetas que o ex-treinador do Sporting já comprou casa na «invicta» e inclusive inscreveu as filhas num dos melhores colégios da Boavista, acautelando o início do ano escolar. Agora é que Pinto da Costa pode desaparecer por uns tempos. Vai ter um porta-voz competente e a tempo inteiro nas conferências de imprensa azuis e brancas.

Zé Cabra on tour

O e-mail caiu como uma bomba na minha caixa do correio. A notícia não foi menos estrondosa e promete ser uma das grandes sensações do ano. Zé Cabra regressa para a digressão «Deixei tudo por ela». O cantor (?) está disponível para convites através dos seguintes contactos: zecabra_shows@hotmail.com ou 931 104 057 . Juro que não tenho comissão.

«Best of» do socratismo

As gaffes e as contradições do governo Sócrates nestes cinco anos já dava para um «best of». O último episódio foi a contradição entre o que disse o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais sobre a retroactividade do IVA e o pronto desmentido do Primeiro-Ministro ao início da tarde. A este executivo só falta mesmo que abanem o bebé na incubadora, no restante está ao nível da desatrosa prestação na primavera/verão de 2005 do governo santanista.

A frase do dia por...detective Pacheco Pereira

«Temos um morto, o "Jornal se Sexta", temos a bala, sabemos como foram mortos. Temos a pólvora na mão das pessoas e não temos a arma, mas sabemos onde está», Pacheco Pereira, deputado do PSD, sobre as escutas ao Primeiro-Ministro envolvendo o negócio PT/TVI, Correio da Manhã, 19 Maio 2010

Preocupado com a imagem, eu?

Sócrates parece aquele aluno que, por ser preguiçoso e manhoso, só estudou uma parte da matéria e ao chegar ao exame deparou-se com perguntas que não sabia, tendo ficado muito contrariado. Na entrevista desta noite no canal 1, o Primeiro-Ministro falou vezes demais, até arrepiou, em «dizer a verdade», mas deitou tudo por terra quando afirmou «não estar preocupado com a imagem». O seu relacionamento com a entrevistadora Judite de Sousa é que assume contornos quase patológicos. Não fosse sermos sabedores da relação que a entrevistadora mantém com o autarca de Sintra e até seríamos levados a pensar que existiria algo mal resolvido entre a jornalista e o político socialista, tal é o registo das picardias registadas. As considerações políticas da jornalista baseadas no «body language» do Primeiro-Ministro, segundo Sócrates, foi um dos pontos altos da crispação latente, assim como a citação pessoana de «nada temo». José Alberto Carvalho é que continua encarregue do papel do ajudante. É um empata, daqueles que só está ali para fazer número. Agora se percebe como é que chegou a director de informação da RTP.

«És pouco boa, és!»

Não se fala de outra coisa. Mirandela está paralisada por causa do caso Bruna Real. A professora de música foi afastada das aulas e está agora, segundo a imprensa, «nas catacumbas do arquivo» em Mirandela. Que desperdício. «És pouco boa, és!» e «tira a camisola para nós!», foram alguns dos piropos que a jovem que posou para a «Playboy» ouviu no caminho entre o seu novo degredo profissional e o seu Mercedes. Não tenham pena dela. Vai perder-se uma professora, mas vai ganhar-se uma estrela de televisão. Apostamos?

«Metro» descarrilado

Era suposto ter piada, mas acho que o tiro foi ao lado. Ainda dizem que não há liberdade de expressão em Portugal.

O Presidente "Dum-Dum"

Já não chove por aqui, mas Cavaco continua a procurar passar por entre os pingos da chuva política. Argumenta que promulga, contrariado, o casamento dos homossexuais para não arrastar o melindroso assunto para a lama parlamentar e, já agora, não confessa, para não perder uns milhares de votos preciosos a alguns meses da sua reeleição. Mais uma trivialidade. O catedrático do «Jornal das Nove», Medina Carreira, não tem dúvidas: «somos um país de amadores». PS: A assessoria do Palácio de Belém tem que ter cuidado com a imagem do Presidente. Quem viu o directo constatou que duas incomodativas moscas estiveram permanentemente a sobrevoar Cavaco, no que constituiu um claro ataque à sua integridade física. Acabou o "Dum-Dum" nas despensas do Palácio?

Para a escola, já!

Depois do célebre «Como estás, companero?» para Zapatero, Sócrates voltou hoje a protagonizar um ridículo e divertido momento de parolismo nacional ao falar um castelhano lamentável em Espanha. Para os anais fica mais uma tirada: «Para dançar el tango son necessários dos» (sic). Arrasador. Se o Instituto Espanhol tiver o olho para o marketing que a Olympus teve depois do episódio do deputado caça-gravadores, em breve veremos publicidade em tudo o que é sítio com a seguinte frase: «Quer fazer, com mestria, tudo o que pensamos do homem e provavelmente nunca tivemos coragem de dizer.

Descubra as diferenças

Tango no país do fado

Louçã tem razão: o País passou a ter dois Sócrates. O do PS, o original, e o do PSD, a cópia. As palavras do Primeiro-Ministro em Madrid, de apoio e elogio a Passos Coelho, vão nesse sentido.
«Como se diz em espanhol para dançar o tango são precisos dois. Durante muitos meses não tinha parceiro para dançar. Felizmente houve uma mudança na oposição. O País tem agora um líder que olha para a situação com responsabilidade e patriotismo». Olé!

Ciao!

Este português excelentíssimo continua a coleccionar títulos. Mourinho é o melhor treinador do mundo e cada movimento seu dentro e fora do campo é seguido como se de um jogador de «top» se tratasse. Se vencer a Champions no sábado, em Madrid, cimentará o seu posto de «special one» e poderá abandonar o Inter com a noção de missão cumprida até porque, como hoje reiterou, «Itália não é a minha casa». Mourinho e a famelga deverão abandonar a casa do Lago di Como e rumar a Liverpool ou Madrid.

Tenho a leve sensação...

Se a selecção nacional não entusiasma, o que dizer da pseudo-música oficial dos Black Eyed Peas, «I Gotta a Feeling», apadrinhado pela BES? É uma espécie de «We are the champions» do século XXI, versão americanada e apimbalhada, que em nada identifica a selecção das «quinas». Saudades do «Bámos lá cambada» do grande «José Estebes», corria o ano de 1984.

Parlamento de serviço

Só os grandes decisores é que obrigam os deputados a trabalhar a desoras e nos «dias do Senhor». Depois de uma célebre audição a Belmiro de Azevedo às 8 da manhã, hoje foi a vez de Zeinal Bava, o presidente da PT, prestar depoimento às 11 da manhã de um domingo. Talvez não fosse má ideia ter um Parlamento a funcionar em permanência, tipo farmácia de serviço, com os deputados (visto que são mais de duas centenas) a trabalharem por turnos.

Bento XVI, antes e depois de Portugal

Mais de 150 mil pessoas encheram hoje a praça de São Pedro, no Vaticano, numa manifestação de apoio ao Papa por causa dos escândalos de pedofilia que têm afectado a Igreja Católica. Parece haver um antes e um depois no Pontificado de Bento XVI após a visita a Portugal. Ainda dizem que não somos importantes. Eu que tanto vergastei a D. Fátima da cobertura do «Prós&Prós» da visita de Sua Santidade, começo a dar-lhe razão: Ratzinger saiu mais homem do nosso País.