15 novembro, 2009

O elogio da tragédia

As tragédias continuam a vender mais do que os contos de fadas. Os funerais de massas ultrapassaram em interesse os casamentos da mesma natureza. Talvez fruto dos sinais dos tempos. As exéquias fúnebres do ex-guarda redes do Benfica, Robert Enke, foram notícia em todo o mundo e transmitidas em directo na manhã de domingo por 5 estações de televisão alemãs. Foi o maior funeral ocorrido em território germânico desde o do antigo Chanceler Konrad Adenauer, em 1967.

Sarkozy, o omnipresente


O humor francês também é capaz de surprender. E nem o seu presidente escapa. A vertente omnipresente de Sarkozy, que nos últimos dias mostrou no seu Facebook uma foto em Berlim na noite em que caiu o muro, em 1989, tem sido alvo de terrível sátira. Já circulam na net fotomontagens que indicam que Sarkozy foi o quinto Beatle e que o presidente gaulês integrou a selecção gaulesa que venceu o Mundial 1998.

«Pérola» da madrugada

«Foi à rasquinha, mas foi». "Peróla" escutada durante um notíciário da madrugada, na TSF, por uma jornalista (?) que não consigo identificar, a propósito da tangencial vitória portuguesa sobre a Bósnia. Para os anais.

A selecção do sofrimento

A sorte que nos faltou na fase de grupos, ficou reservada para o jogo da Luz com a Bósnia, o primeiro dos play-off rumo ao Mundial. Vitória tangencial - e já vais com sorte. Quarta-feira será mais um jogo para sofrer até ao último minuto, no território que assistiu a uma das guerras mais sangrentas do século passado. Mesmo sem Ronaldo e sem Bosingwa, continuo a achar que esta selecção, mesmo que se qualifique, é provavelmente a pior desde há 20 anos. Falta por ali muita qualidade. E, já agora, um treinador à altura para disfarçá-la.

A frase do dia

«O país precisa de pacotes de transparência», Luís Filipe Menezes, presidente da Câmara de Gaia, Agência Lusa, 14 Novembro, 2009

Uma noite preciosa


O concerto desta noite dos Depeche Mode em Lisboa foi tudo menos um desfrutar do silêncio, como a música mais conhecida da banda britânica. 14 mil pessoas encheram a mítica sala do Pavilhão Atlântico para um espectáculo executado por grandes e competentes profissionais. Hoje ficou a perceber-se por que é que o vocalista da banda, Dave Gahan, é obrigado a cancelar tantos espectáculos por lesões musculares. Realmente o homem não está quieto um minuto. Só se lamenta que nos 120 minutos de show não tenha havido um esforço para saudar a plateia com um «obrigado» ou um «boa noite» na Língua de Camões. A malta «tuga» é pobre, apesar de ainda ter 40 ou 50 euros para desembolsar para um espectáculo musical, mas muito digna. Ainda assim, voltem sempre!