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A ler com atenção, um extenso artigo na «Visão» de quinta-feira sobre «a vida, os negócios, os amigos e as ligações políticas» de Dias Loureiro ou como ele «construiu uma das mais influentes redes de poder do Portugal democrático». Outra curiosidade: a sociedade gestora que o ex-MAI partilha com o também ex-MAI, Jorge Coelho, dá pelo nome de «Valor Alternativo». Imaginação não lhes falta. Voltaremos ao tema depois de devidamente documentados.
«Muitos ainda hoje dizem que fui roubado pelo Benfica, mas na realidade foi exactamente o contrário. O Sporting é que queria raptar-me, mas não conseguiu porque não gosto nada do Sporting. Sou benfiquista», Eusébio, em declarações durante a apresentação do livro de João Malheiro, A Bola Online, 3 Dezembro 2008
Na lógica de construção de ícones estéticos e mediáticos, prevalece o «Rei morto, Rei posto».
A prestigiado revista «People» nomeou, há dias, Hugh Jackman o homem mais sexy do mundo, destronando George Clooney e Brad Pit, entre outros galãs da alta roda. Jackman anda pela Europa a apresentar um dos previsivelmente grandes filmes de 2009, chamado «Austrália», onde contracena com a sua compatriota do país dos cangurus, Nicole Kidman. Ainda não são conhecidos os efeitos colaterais desta nova ordem mundial da beleza, mas é provável que a «Nespresso» prescinda dos serviços de Clooney para as próximas campanhas. Isto de ser afastado da liderança do ranking dos mais «guapos» pode ser fatal para a reputação do ex-doc do «Serviço de Urgência». E mesmo para servir cafés é preciso ser o mais bonito.
A procuradora Cândida Almeida garantiu em entrevista no fim-de-semana, e passamos a citar, para que não fiquem dúvidas: «Neste momento não há suspeitos no caso Freeport, nem políticos nem pessoas com grande relevância social». Prelúdio de abafamento do caso sem deixar pistas?
Tenho que reconhecer que, como diz um amigo meu, «ler jornais é um exercício de coragem mental». As abordagens são, por vezes, demasiado pobres e previsíveis. As nossas gazetas deixaram de surpreender. Mas o pior acontece quando o tema nobre escolhido para a manchete é deplorável. Aconteceu hoje no «Jornal de Notícias». «Trabalhadores param um terço do próximo ano», titulou. «O próximo ano terá menos fins-de-semana prolongados e possibilidades de ponte do que 2008, mas continuará generoso. Cinco feriados vão calhar à terça ou à quinta-feira e em Junho será possível tirar umas miniférias», começa assim uma notícia que, salvo melhor opinião, não justificava tão desmesurado destaque. O jornal pôs ainda a falar um especialista em recursos humanos que do alto da sua cátedra estimou que o PIB pode sair prejudicado com os «137 dias de descanso» que o JN lobrigou. Ao que sabemos, leitores atentos, já remeterem ao jornal e-mails indignados com a peça jornalística. Da minha parte, faço o meu reparo neste local. E, à laia de curiosidade, sugiro que investiguem o motivo porque é que os portugueses precisam de trabalhar (curiosamente) 137 dias do ano para pagar impostos ao Estado.
«Famílias portuguesas podem esperar ter melhor rendimento disponível em 2009», José Sócrates, Agência Lusa, 3 Dezembro 2008