24 novembro, 2010

Sinal vermelho

Os dois principais objectivos do Benfica ficaram pelo caminho em Novembro, ainda a época não vai a meio. Depois do FC Porto se distanciar inapelavelmente no campeonato, os encarnados são eliminados da Champions, após mais uma humilhante derrota em Israel. Se já não se pode apontar o dedo a Roberto, sem culpas nos golos, os olhos continuam a recair sobre Jesus e sobre jogadores como David Luiz, Javi Garcia e Saviola que se eclipsaram completamente relativamente à performance do ano passado. Talvez fosse oportuno o «orelhas» Vieira falar à nação dos seis milhões. É que mais depressa há insubordinação na Luz do que no país.

O paciente português

Podem ter feito greve os tais 3 milhões de que falam os sindicatos, mas amanhã de manhã, o país será rigorosamente o mesmo. Pelo governo falaram o júnior secretário de Estado Castilho e a ministra e ex-sindicalista André, para não dar muito estrilho. Portugal e os seus ilustres cidadãos continuam a navegar em águas muito chocas. Por toda a Europa, hoje em Itália e de novo no Reino Unido, novas manifestações estudantis contra medidas dos governos. Por cá, vai tudo andando. Sem apelar à insubordinação isto está a precisar de algum músculo para agitar consciências. O paciente português está ligado à máquina, mas continua a achar que pode fazer a vida de estróina dos últimos anos.

Poupadinho à força

Sempre desconfiei de políticos moralistas. Passos Coelho parece ser mais um desses. Primeiro foi o episódio do verão em que passou férias numa «modesta» casa da Manta Rota. Agora, durante a apresentação de um livro da amiga Luisa-Castel-Branco, confessou que este Natal «fará uma poupança forçada», reduzindo a lista de presentes à sua filha mais nova, de 3 anos. «Os adultos este ano não têm presentes porque não há meios para isso», diz o presidente do PSD ao «Correio da Manhã». «Não me vou endividar para estimular a economia. Cada um deve gastar aquilo que pode e eu não gosto de gastar aquilo que não posso», acrescentou.
Isto pode parecer muito bonito ao povo e dar alguns milhares de votos nas eleições antecipadas de 2011, mas não queiram que acreditemos que o sub-urbano de Massamá não ganha o suficente, e amealhou o suficiente na sua vida de empresário ao serviço do «árabe» Ângelo Correia, para gastar em «regalos de navidad». Bullshit.

Serviço mínimo garantido


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