10 janeiro, 2008

Para a estatística


O rebranding da marca Optimus que inundou as capas dos jornais, espaços publicitários televisivos e outdoors, custou a módica quantia de 32 milhões de euros. Trocos para o engenheiro Belmiro.

Título do Diário de Notícias

«Mulher atropelada a comprar pão por jovem que olhava para o GPS»

Alcochete e Al-Qaeda

«Em nome de Alá, combatam os infiéis de Alcochete, rapidamente e em força»

Almeida Santos alertara há uns meses atrás que a construção de um aeroporto na margem sul teria o risco de um atentado terrorista nas pontes que cruzam o Tejo e que ligam Lisboa, nomeadamente a Alcochete. Agora que o aeroporto no deserto vai ser uma realidade, a Al-Qaeda terá mais um alvo apetecível ao seu dispor: a futura ponte ferro-rodoviária Chelas-Barreiro. É pouco provável é que saiba onde é que o nosso País fica.

A semana horribilis

Está a começar de forma desastrosa o ano político para o Governo. Depois do recuo nas pensões, o Executivo volta a dar outro tiro no pé com o dossier Aeroporto de Lisboa. Sócrates está visivelmente cansado (hoje não deu uma para a caixa na sua intervenção perante os jornalistas) e conta com pelo menos três cadáveres políticos como companhia: Maria de Lurdes Rodrigues, Isabel Pires de Lima e Mário Lino. A teimosia do PM tem contribuido fortemente para o apodrecimento do Governo. Quando lhe perguntam em mudanças, Sócrates responde: «Remodelar? Jamais».

CambalhOTA

Afinal, os aviões vão mesmo aterrar no deserto. Mário Lino e José Sócrates não esconderam o embaraço no anúncio formal da decisão, mas o futuro aeroporto de Lisboa vai mesmo localizar-se em Alcochete, mais concretamente na freguesia de Canha, no Montijo, paredes-meias com Benavente. A pressão de alguma imprensa e a tomada da de posição da CIP operaram um volte-face que se julgava improvável. O relatório do LNEC foi o golpe de misericórdia às intenções do Governo. Uma valente cambalhOTA.