13 junho, 2009

Portas e o apelo familiar

A entrevista, «na intimidade», que Portas, a nova fénix renascida da política nacional, concede à «Única» do semanário do dr. Balsemão é um rosário de confissões. Já se sabia que o líder do CDS gostava de ir ao cinema à meia noite e comprar toneladas de livros. Mas após o balão de oxigénio que foi o resultado das europeias, Portas, cheio de fôlego, abre as portas da sua casa de Caxias. Sem mostrar qualquer companhia feminina, exceptuando a revelação que a senhora que lhe faz a limpeza se chama «Dona Birtila» (curioso nome), o centrista reconhece que gostava de «dirigir um governo» e de....«ter filhos». Contra a boataria que há anos se acumula em torno do seu nome, Portas diz: «acho que ser pai me fará feliz». Aumentar a natalidade é sempre um acto de cidadania e encaixa perfeitamente nos valores democrata-cristãos. Há candidatas?

PS: Igualmente uma pérola é a apreciação que Portas faz de Louçã, ao afirmar que a única qualidade que reconhece ao líder do BE é a «inteligência», criticando o seu lado «julgador dos outros, como se a virtude lhe tivesse caído ao colo».

25 anos sem Variações

Morreu no dia de Santo António, corria o ano de 1984. Um quarto de século depois nenhuma entidade oficial teve a ideia ou a coragem de assinalar a data com um grande concerto. Mesmo no túmulo o Variações continua a dar urticária a muita gente. Sinal de que os conservadores que o olhavam com reprovação, no longínquo início da década de 80, em vez de regredirem, quiçá se tenham multiplicado.