A petição «Em Defesa do Diário de Notícias», que está on-line desde o final do mês passado, já conta com mais de 1 400 subscritores entre anónimos e figuras públicas, como escritores e eurodeputados. Os responsáveis pelo manifesto referem que «se o processo [de despedimento colectivo no grupo Controlinveste] não for travado, os dois jornais, JN e DN, mesmo que mantenham cabeçalhos diferenciados, serão apenas suportes de de conteúdos sem alma».
Os subscritores acrescentam que os jornais detidos por Joaquim Oliveira «passarão a ser veículos de um pensamento único. Pensando apenas na optimização de recursos, descaracterizam-se redacções e nada impedirá que secções sejam extintas, uma vez que, nesta visão redutora, um só jornalista chegará para alimentar quantos jornais e páginas da Internet for necessário». De acordo, em quase tudo. Se o «citizen kane» nacional, um Berlusconi em tamanho pequeno (só lhe falta ter uma televisão só dele e ser presidente de um clube), pudesse, nem um ser humano trabalhava nas suas publicações. Carregava-se num botão que «vomitava» as notícias do dia seguinte, prescindindo de jornalistas, paginadores, revisores, etc. Uma espécie de «Bimby» das notícias.