A sequela das escutas a Sócrates só pode ter tendência a piorar. O tal «jornalismo buraco de fechadura», como o PM caracteriza o folhetim nas páginas dos jornais, promete continuar, sem consequências de maior, presume-se, para o próprio «chefe», como era hierarquicamente tratado nas «tapes», nem mesmo para o Procurador-Geral da República e o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, que não viram relevância nas escabrosas transcrições que o «Sol» publicou na sexta-feira.
Durante o dia de hoje aconteceu um episódio que revela que a intolerância à crítica não é exclusiva do Primeiro-Ministro. O seleccionador português Carlos Queiroz travou-se de razões com o comentador da SIC, Jorge Baptista, tendo, segundo este, chegado mesmo a partir para a agressão física. Tudo aconteceu no lounge VIP do aeroporto da Portela, momentos antes de ambos partirem para a Polónia onde este domingo se realiza o sorteio para a qualificação do Euro 2012. Alegadamente Queiroz não tem gostado dos comentários de Baptista, que também é delegado da UEFA, e ao cruzar-se com ele não foi de modas e depois de uma troca azeda de comentários, passou das marcas.
Não servindo este escrito para branquear as privacidades de Sócrates, diremos apenas que a aversão à crítica por parte de quem manda e tem verdadeiramente poder está mais disseminada do que se julga. Veremos, no caso que envolve o seleccionador nacional, o que diz o presidente da FPF e o secretário de Estado do Desporto, habituais «múmias» na difícil arte de comentar assuntos embaraçosos.
Durante o dia de hoje aconteceu um episódio que revela que a intolerância à crítica não é exclusiva do Primeiro-Ministro. O seleccionador português Carlos Queiroz travou-se de razões com o comentador da SIC, Jorge Baptista, tendo, segundo este, chegado mesmo a partir para a agressão física. Tudo aconteceu no lounge VIP do aeroporto da Portela, momentos antes de ambos partirem para a Polónia onde este domingo se realiza o sorteio para a qualificação do Euro 2012. Alegadamente Queiroz não tem gostado dos comentários de Baptista, que também é delegado da UEFA, e ao cruzar-se com ele não foi de modas e depois de uma troca azeda de comentários, passou das marcas.
Não servindo este escrito para branquear as privacidades de Sócrates, diremos apenas que a aversão à crítica por parte de quem manda e tem verdadeiramente poder está mais disseminada do que se julga. Veremos, no caso que envolve o seleccionador nacional, o que diz o presidente da FPF e o secretário de Estado do Desporto, habituais «múmias» na difícil arte de comentar assuntos embaraçosos.
PS: Diz Queiroz que a discussão já é passado e que é amigo de Baptista «há 20 anos». Estranha forma de cultivar a amizade.