Fica-se com medo só de olhar para as carantonhas destes dois cavalheiros. Mas depois de se saber que Herman Van Rompuy (quem?) e Catherine Ashton (importa-se de repetir?), foram eleitos, respectivamente, presidente permanente do Conselho Europeu e alta representante da política exterior da Europa, a sensação de desconfiança aumenta. Estes dois desconhecidos, totalmente inexperientes nestas andanças, vão representar a União Europeia perante o Mundo. Pelo menos no papel. Aparentemente fica resolvida a dúvida levantada por Henry Kissinger quando desempenhou funções como secretário de Estado norte-americano: quando se quer falar para a Europa liga-se para quem? O melhor é apontar o número do impronunciável Van Rompuy...
19 novembro, 2009
Batota e irracionalidade
A vitória de ontem da França devia, teoricamente, unir o país, mas está a dividi-lo, suscitando forte debate em torno da identidade nacional, já para não falar do eventual conflito diplomático entre os governos gaulês e irlandês. Jornalistas, desportistas e políticos pronunciaram-se de forma distinta sobre o que se passou no Stade de France. «Estou envergonhado de ser francês. Somos uma nação de batoteiros», tem-se escutado nos múltiplos fórum promovidos por órgãos de comunicação social gauleses. Thierry Henry (herói ou vilão?) admitiu que jogou a bola com a mão, mas que não era o árbitro do jogo. Um prestigiado comentador televisivo, Thierry Roland, afirmou, sem papas na língua: «É um escândalo e uma vergonha. Foi uma sorte ter sido contra os irlandeses, porque caso fosse com outro país, mais quente, poderia ter havido mortos no estádio». Retenho, igualmente, a frase do antigo internacional irlandês e ex-jogador do Marselha, Tony Cascarino, provavelmente a opinião mais sensata, mas também a mais utópica: «As jogadas irregulares estão a matar o futebol e se Henry tivesse admitido perante o árbitro que ajeitou a bola com a mão e o golo tivesse sido anulado, teria ganho a admiração de todo o mundo do desporto. Como não o fez, a sua reputação ficará, para sempre, manchada».
Os adeptos do fair-play erguiam-lhe uma estátua, os irracionais «talibã» do futebol, bem como os patrocinadores e as televisões com interesses no Mundial da África do Sul, certamente que exigiriam a sua cabeça numa bandeja de prata.
Os adeptos do fair-play erguiam-lhe uma estátua, os irracionais «talibã» do futebol, bem como os patrocinadores e as televisões com interesses no Mundial da África do Sul, certamente que exigiriam a sua cabeça numa bandeja de prata.
Mudar para quê?
Agora que tanto se fala de corrupção, nada melhor do que apresentar este video, sugerido ontem à noite na RTP-N pela «Barbie» Amaral Dias. O «clip», chamado «Você quer mudar isso?», tem origem no Brasil, na ressaca do «Mensalão», mas apresenta algumas semelhanças com a realidade portuguesa. Moral da trama: basta acenar com umas notas e já está.
A estranha psicologia das massas e dos craques
As reportagens dos canais televisivos depararam-se com uma insólita situação: apenas 5 portugueses estavam no Marquês de Pombal a celebrar a qualificação para o Mundial. Longe vão os tempos das apoteoses nas principais praças do país e as bandeiras desfraldadas nas janelas. Por muito competente que seja Queiroz, e tem o mérito de ser o treinador que conseguiu o apuramento, precisamos mesmo é de um «Scolari» (coloquei as aspas de propósito) ou até um Blazevic para agitar as massas e os nossos craques de trazer por casa. Já estivemos apaixonados pela selecção, mas agora só gostamos dela. Apenas. Depois de Queiroz (e já agora Madaíl) ir embora, contratem, por favor, um técnico com umas luzes de psicologia.
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