A frase do dia

«O fascismo não conseguiu utilizar o futebol para esconder os problemas, não é a democracia que vai conseguir. É uma abordagem demasiado simplista. Os portugueses não são estúpidos», Manuel Villaverde Cabral, sociólogo, Diário de Notícias, 10 de Junho 2008

Leis de interpretação diversa

O Euro 2008 está a demonstrar que as regras do futebol são para todos os gostos e têm múltiplas interpretações. O primeiro golo de Van Nistelroy no Holanda-Itália é prova disso. O italiano Panucci (na foto que apresentamos do lado direito da baliza de Buffon) estava lesionado, para além da linha de fundo, mas o árbitro e o assistente, tiveram o discernimento e o sangue frio de considerar que estava a colocar o holandês em jogo. Para a maioria dos espectadores, foi um off side clamoroso. Sem dúvidas. «Não há muita gente que conhece esta interpretação da regra do fora do jogo, incluindo os próprios jogadores», defendeu o secretário geral da UEFA, David Taylor. O melhor é os senhores da UEFA informarem as pessoas e entenderem-se de uma vez por todas. Se este golo decidisse a final de um campeonato a coisa talvez desse para o torto.

Gaffes camonianas

Cavaco anda com malapata quando se fala de Camões. Há uns anos, não sabia quantos cantos tinha os «Lusíadas», ontem chamou «Dia da Raça» (terminologia rotulada pelo salazarismo) ao dia de Portugal, de Camões e das Comunidades.

Costello, o iconoclasta

Elvis Costello fez umas declarações que podem revolucionar a indústria discográfica. Em entrevista ao "El País", o autor de «She» contestou as virtualidades do CD e do MP3, defendendo o vetusto vinil: «O vinil tem melhor som. Há vinte e tal anos que nos estão a enganar com a qualidade do CD. As reedições nesse formato dos discos originais analógicos são uma desgraça, igual à da aceitação do MP3 como um modelo de som. É um formato que arruina meses e meses de trabalho. Há que fazer algo em relação a isso». O Elvis falou, tá falado...

É a poupança, estúpido!

A crise veio para ficar, segundo os especialistas. Os jornais e as revistas têm publicado «manuais de sobrevivência» para os cidadãos pouparem no seu orçamento em termos de alimentação, automóvel, telemóvel, etc. O tabu das marcas brancas caiu de vez e o povinho não tem outro remédio senão metê-las no cabaz de compras. Difícil, difícil, vai ser travar os hábitos de consumo enraizados. Estaríamos certamente melhor se a palavra de ordem dos políticos irresponsáveis em período de vacas gordas tivesse sido: é a poupança, estúpido!

Buraco negro na segurança

Os larápios assaltaram o hotel onde está instalada a selecção da República Checa. No melhor pano cai a nódoa ou uma lição para a paranóia securitária que se instalou no Euro 2008.