As inegáveis qualidades de Jardim como líder, não apagam a sua forma de ser autoritária, quase despótica. Essa postura esteve bem à vista na entrevista que concedeu a Judite de Sousa. «Só respondo a isso quando me apetecer», disparou para a jornalista quando esta tentou fazer-lhe uma questão, cortando-lhe a descrição sobre os «abutres» e os «inimigos fidagais» que o criticavam. O «senhor das ilhas» prometeu por três vezes que «vai reconstruir isto», ao longo dos próximos dois anos, mas para tal precisa de mais de um bilião de euros. A julgar pela revelação que ele e Sócrates «enterraram o machado de guerra» e que o primeiro-ministro o tem «surpreendido» na forma como está a acompanhar os trágicos acontecimentos da Madeira, Jardim já deve ter a garantia que boa parte da massa virá do continente e de mais umas migalhas de Bruxelas, pela mão do «amigo» Barroso.
25 fevereiro, 2010
O delfim
A indumentária que tem usado nos últimos dias faz com que pareça um cantoneiro. Mas, na realidade, Miguel Albuquerque é o presidente da Câmara do Funchal. Também conhecido pelo «Don Juan» das autarquias por ser um «pinga-amor», Albuquerque tem sido protagonista, por força das circunstâncias. Fala (e bem) todos os dias, quase de hora a hora, inclusive mais do que o chefe Jardim. Tem obra feita na capital da Madeira e agora cabe-lhe a espinhosa tarefa de reconstruir o que a água, a lama e o entulho levaram. O «delfim» de Jardim, quando for necessário substituir o todo-poderoso senhor das ilhas, é capaz de estar encontrado.
Subscrever:
Mensagens (Atom)