28 julho, 2010
7 euros para ver cimento
É confrangedor o desmazelo com que os nossos políticos tratam o património municipal e nacional. O Castelo S. Jorge, um dos ícones turísticos e da memória colectiva da capital, permanence degradado e sem atractivos para captar visitantes. Ainda assim quem o gere, a empresa municipal chamada EGEAC, acha que deve carregar no custo das entradas. O preço dos bilhetes para entrar no castelo subiu no início de Julho 40 por cento, de 5 para 7 euros, ficando apenas isento os residentes no concelho de Lisboa. A vista é de facto soberba e única, mas para ver cimento mais vale ficar cá em baixo, ao nível do mar, para apreciar os abortos urbanísticos que enxameiam a cidade.
Morte aos touros
A partir de 2012 os aficcionados tauromáquicos já não poderão ir à Catalunha assistir a touradas. A bela Praça Monumental de Barcelona (na imagem) ficará eternamente assim, sem público, ou então agonizará pela implosão. O Parlamento regional aboliu esta actividade, típica da cultura espanhola, o que mereceu forte repúdio de largos sectores do meio, acusando ser esta uma medida «ditatorial» e um recuo ao período do franquismo. A ânsia de independência dos catalães conhece mais um capítulo. A Catalunha é, cada vez mais, um país dentro de outro país, acentuando o distanciamento com o poder central de Madrid. O Estado espanhol continua a desagregar-se. Depois da língua, da selecção regional e do veto aos touros, o que se seguirá?
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