Li no outro dia um artigo em que fala de um novo «trend» «made in USA», naturalmente, em termos de higiene. O objectivo de alguns jovens é passar o maior número de dias sem tomar banho, lavar a cabeça ou despejar uma gota de perfume para cima, para disfarçar a falta de água. Digamos que pela aparência o que dizem ser o putativo sucessor de Sócrates na liderança do PS reúne os requisitos do trend «lava-me porco», na versão tuga. O cabelo de Francisco Assis não parece levar pente há semanas e a barba mal semeada, num mitigado estilo à José Luís Judas, também está longe de inspirar confiança. Os marketeiros que me desmintam, mas isto de falar verdade e ser muito conciliador não chega. Definitivamente. Isto mesmo é capaz de explicar que o Sócrates se aguente nas canetas ao fim de 6 anos de disparates. O charme da personagem, aliado à elegância e ao bom gosto em vestir, o tal estilo «Armani tuga», escondem muita porcaria.
10 abril, 2011
Porcaria política
Li no outro dia um artigo em que fala de um novo «trend» «made in USA», naturalmente, em termos de higiene. O objectivo de alguns jovens é passar o maior número de dias sem tomar banho, lavar a cabeça ou despejar uma gota de perfume para cima, para disfarçar a falta de água. Digamos que pela aparência o que dizem ser o putativo sucessor de Sócrates na liderança do PS reúne os requisitos do trend «lava-me porco», na versão tuga. O cabelo de Francisco Assis não parece levar pente há semanas e a barba mal semeada, num mitigado estilo à José Luís Judas, também está longe de inspirar confiança. Os marketeiros que me desmintam, mas isto de falar verdade e ser muito conciliador não chega. Definitivamente. Isto mesmo é capaz de explicar que o Sócrates se aguente nas canetas ao fim de 6 anos de disparates. O charme da personagem, aliado à elegância e ao bom gosto em vestir, o tal estilo «Armani tuga», escondem muita porcaria.
Partidos do arco da velha
Ouvi esta noite no telejornal uma tirada do camarada Jerónimo que fez-me soltar uma espontânea gargalhada. Dizia o chefe do aparelho comuna que os partidos chamados do arco do poder deviam chamar-se «do arco da velha» e que este primeiro-ministro «era um grande catavento». Para os mais incomodados com os PC's, convém dizer que, em plena era digital, a cassete comunista já é utilizada por todas as forças partidárias sem excepção e não consta que os petizes façam parte da ementa da primeira refeição do dia para os adeptos da foice e do martelo. É mesmo mito urbano. Vão dar banho ao cão!
E-broncas
Estou com alguma malapata no Censos 2011. Já não bastava o facto da recenseadora da minha área de residência, por não me encontrar em casa, julgar que a minha residência era de «uso sazonal», por isso só recebi a papelada na sexta-feira, agora é o sistema do INE que está aos soluços. Só consegui preencher uma folha do questionário na versão digital. Aparece-me uma mensagem de contornos estranhos que me convida a voltar mais tarde. Não sei me se apetece. É o Simplex em todo o seu esplendor. PS: Dificilmente a mensagem chegará à destinatária, mas a Inês Santos, a minha recenseadora, escreveu-me um bilhetinho pelo seu punho, todo «fashion», explicando os motivos para o atraso na entrega da papelada, mas não deixou o seu contacto. Inês, se me estiveres a ouvir, tens Facebook?
A pedido de muitas famílias...
Fernando Nobre vai ser o cabeça de lista pelo PSD (sim, ouviram bem, PSD) a Lisboa. O presidente da AMI foi muito mais esperto que o poeta Alegre na rentabilização do seu pecúlio nas presidenciais. Justifica ele, um eterno socialista e soarista de carteirinha, que foi «muito difícil» aceitar este convite. Pois, pois. Com Nobre o PSD vai buscar votos ao Bloco e ao PS nas legislativas e daqui a 5 anos quem sabe não patrocina a rencadidatura do médico a Belém? É certo que a política é ainda mais imprevisível que o futebol, mas as peças do puzzle encaixam. Dizem que a AMI também está como o país, depauperada em termos financeiros. Se os laranjas lá chegarem, estão prometidos uns subsídios. E há mais: vou estar na primeira fila para ver o debate por Lisboa entre Ferro e Nobre. Será que esta gente se revê nos valores que os partidos pelos quais se candidatam defendem? Muito interessante...
O comício mais longo da era democrática
O diácono Louçã foi certeiro: «terminou há momentos o mais longo comício da história da democracia portuguesa». Sem tirar, nem pôr. Para tudo ser perfeito, bastaria que o teleponto à direita do grande chefe tivesse funcionado, mas a verdade é que Sócrates, traquejado nestes «números», não vacilou. Para não dar muito estrilho, a intervenção no púlpito da «passionaria» Ana Gomes foi remetida para depois da meia-noite de domingo, hora mais própria para a exibição de filmes «XXX». Conclusões óbvias: O partido sai unido, nem que seja para o exterior, Sócrates, pelo menos durante os próximos dois meses, é o maior, e o PS, por força das circunstâncias, pelo menos na teoria, vira um pouco mais à esquerda. Ainda assim o único que se atreve a dar umas caneladas é o MNE Luís Amado. Eu ouvi ele dizer que o «país caiu no abismo» e que se calhar o «PS até precisava de uma cura de oposição». O eco foi escasso. Ou se calhar sou eu que estou com cera nos ouvidos.
O grupo dos 47
Juntar Soares e Eanes na subscrição de um documento chamado «Um compromisso Nacional», já era notícia, agora se a esses dois ex-PR se juntarem mais 45 nomes de alto coturno, dos mais variados âmbitos, de Jorge Sampaio, a Artur Santos Silva, Adriano Moreira, Belmiro Azevedo, Soares dos Santos, António Lobo Antunes, Eduardo Lourenço, Rui Vilar e Pinto Balsemão, entre outros, esta iniciatva, divulgada em exclusivo pelo «Expresso», adquire especial relevância. Veremos se não cai em saco roto.
A frase do dia
O guião
Do ponto de vista da encenação está a ser perfeito. Até parece que o PS esteve 6 anos na oposição e agora se apresta para chegar ao Poder. O guião, assente na vitimização, é uma boa história que se repete durante todo o tempo e como uma mentira, pode tornar-se uma verdade. O repescar de figuras gradas do partido da ala mais à esquerda, Alegre e Ferro, são uma estratégia bem conseguida. O filmezinho dos ex-líderes para verter uma lágrima foi a cereja no topo do bolo. Os profissionais da política são assim. Mesmo terrivelmente acossados, sobrevivem mais tempo que os amadores.
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