13 setembro, 2007

O "xerife" perdeu a autoridade

Scolari pediu desculpas "a Portugal, à FPF e à UEFA", quase 24 horas depois dos lamentáveis actos que protagonizou. O seleccionador português passou a imagem de um homem de duas caras: irredutível e arrogante depois de ter feito asneira e angelical, no rescaldo da escaramuça. Bem aconselhado, Scolari quer salvar a sua pele e assim, ver o seu inevitável castigo, ser reduzido de meio ano ou um ano, para 1 ou 2 meses, ainda para mais com as atenuantes de ter um curriculum invejável e alguma influência junto da UEFA. Não quero com isto dizer que Scolari não deve ser perdoado pelos portugueses. Mas creio que o seu ciclo terminou. Aliás, devia ter terminado no fim do mundial. Agora, sr. Scolari, que o seu estado de graça se esfumou, seja profissional, como o foi sempre, qualifique-nos para o europeu, dê o seu melhor no certame e faça as malinhas. Prometemos não ser ingratos nas recordações que ficam de si, mas as cenas de pugilato de Alvalade ficam eternamente para memória futura do pobre futebol português, a juntar às de João Pinto, de Zequinha, etc.

Palavras na boca da gente

Madeleine, Maddie, McCann, Gerry, Kate, Murrat, Praia da Luz, Ocean Club, Rothley, Polícia Judiciária, laboratório, análises forenses, perícias, ADN, sangue de cadáver, odor de cadáver, cães pisteiros, criminologistas, psiquiatras forenses e arguidos. Estes são provavelmente os vocábulos que o País inteiro repete com especial insistência no último mês.

Cenas de um pugilista em apuros

Scolari - Vou-me é pirar daqui antes que o sérvio dê cabo de mim. Nossa senhora do Caravagiooooooo!
Dragutinovic - Hijo de puta. Cabrón. Te voy a pillar.


Scolari - Deixa o menino em paz, salafrário. Vou pegar em você e deixara a tua cara de pau num bolo. Depois, o Madaíl me manda embora, banca uma indemnização milionária e já posso arranjar outre "time" para treinar, entendeu?
Brassard - Calma, mister. Não se desgrace. Bata, mas levemente.