02 dezembro, 2010

O jornal da Manela

Desesperado por audiências, Balsemão deu a mão a Manuela Moura Guedes para a sua SIC, mas parece ter desatado o descontentamento de boa parte da redacção. Dizem as gazetas que Rodrigo Guedes de Carvalho e Miguel Sousa Tavares já prometeram distância da ex-governanta da TVI. Quem promete receber a jornalista de braços abertos é Mário Crespo. À falta de ideias, sugere-se aos directores de programas de Carnaxide um programa de grande informação, chamado «Tiro ao Sócrates», apresentado por Mário Crespo, com reportagens de Moura Guedes sobre as falcatruas do primeiro-ministro, desde a Cova da Beira, passando pela Independente, sem esquecer o seu relacionamento conflituoso com os vizinhos do edifício Heron Castilho, onde reside e o número de telemóveis que arremessou da janela do seu carro enquanto ministro do ambiente. Para comentador independente deste programa, certamente um estrondo de audiências, Medina Carreira, munido dos seus inseparáveis gráficos, faria semanalmente um ponto de situação sobre o nível de profundidade do Titanic português. Um trio de rebimba o malho. Que tal?

É a vida!

Desta vez sem pão e circo para ofertar aos portugueses, Sócrates deu, por um dia, uma de Guterres, ao mostrar-se conformado com a derrota da candidatura ibérica: «É a vida», disse aos microfones da TSF. Como nesta foto do actual alto comissário da ONU, também Sócrates está em plano inclinado.

Uma luz natalícia



Eles estão de volta. Os britânicos Coldplay disponibilizaram no seu site uma música alusiva à época, preparando o seu regresso em 2011. Esta chama-se «Christmas light» e apresenta um Chris Martin com um novo look. O som é que não muda. Tem marca registada.

«Irradiantemente» derrotados

O poder do petróleo russo afastou a candidatura ibérica ao Mundial 2018 de afundar ainda mais os dois países que já deram mundos ao mundo e agora estão na miséria. Acho que foi um favorzinho que os corruptos senhores da FIFA nos fizeram. A «irradiante (sic) candidatura», segundo as palavras do nosso Primeiro, de Portugal e Espanha ficou pelo caminho. Sócrates terá menos argumentos para erguer o TGV, a sua obra de regime, e a Madaíl só lhe restará os papéis para a reforma. Este país não é para velhos, nem está para festas...

Ernâni Lopes (1942-2010)