É Casillas de apelido, mas não tem Iker no nome próprio. Não defende as balizas do Real Madrid, mas impediu a entrada da polícia de choque no café «Prado», onde é chefe de sala, na captura de um manifestante mais desordeiro no seu estabelecimento. Casillas até diz que é do PP, o partido do Governo, mas qualifica de «excessiva» a actuação policial na noite do 25-S madrileno. É um dos rostos da manif de ontem. Os portugueses têm a Adriana, a jovem que acaricia e seduz um polícia. Os espanhóis têm o guerreiro Casillas, o «portero» do bar do Passeo del Prado.
26 setembro, 2012
O zeloso segurança
O senhor à direita na imagem é uma espécie de segurança oficial dos chefes do governo português. Já foi de Durão, de Santana e agora é a sombra de Passos. Hoje, enquanto agarrava com maus modo num jovem estudante para o conduzir ao exterior da faculdade, repreendendo-o por (heresia das heresias) ter insultado o Primeiro-Ministro, impediu um repórter de imagem da TVI de gravar a sua acção, metendo a mão na câmera e ameaçando: «Não filmas a minha cara!». Sou defensor do respeito das instituições e dos seus titulares, mas se um insulto verbal leva a isto, como não reagirá este «animal» a um qualquer tuga desesperado que ouse tocar no Primeiro-Ministro? Disparará primeiro e perguntará depois?
Luís «Passos» de Camões
Passos saiu da toca, ouviu insultos e recados, e citou «Os Lusíadas», defendendo que há «ventos favoráveis a soprar» nas velas do navio português. Não sei em que mundo vive este ilustre cidadão de Massamá, mas faz lembrar Sócrates que, quando o barco começou a afundar, também começou a ser pródigo em citações célebres.
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