A proeficiente direcção do Sporting acaba de tomar uma medida de grande alcance desportivo: proibir as vuvuzelas em Alvalade. Realmente a invenção sul-africana é bem mais potente como instrumento para demonstrar o descontentamento face a maus resultados do que um coro de assobios desafinado. Esta só pode ser entendida como uma manifestação de desconfiança da equipa liderada por Paulo Sérgio.
08 agosto, 2010
Mais uma da justiça portuguesa...
Como o «CM» já anunciara e hoje confirma, Wellington vai sair em liberdade condicional ainda durante este ano devido ao novo código de execução de penas. Ou seja, poderá ir para o seu país, fazer a vidinha de sempre, como se nada fosse. O cinematográfico assalto ao BES de Campolide foi exactamente há dois anos. Já quase ninguém se lembra do épico desfecho. O banco do Salgadinho também está a fazer para esquecer o turbulento filme, pouco abonatório para a imagem da entidade. Vai daí, encerrou, há alguns meses, a dependência da rua Marquês da Fronteira, alegadamente por razões de estratégia do grupo. Só se espera que no mesmo local não abra um restaurante com sabor a Brasil.
Sensibilidade e bom senso
Na Supertaça inglesa, disputada esta tarde em Wembley, também jogavam vermelhos (Manchester United) contra azuis (Chelsea), mas não vi celebrações desbragadas, confrontos entre adeptos, lançamentos de petardos e entradas a «matar» dentro do campo. Em Inglaterra, que provavelmente tem a liga mais competitiva do Planeta, os jogos de futebol são apenas isso, jogos. Dizer que além-mancha fica a terra do hooliganismo e dos desordeiros só pode ser um monumental erro histórico.
O poupadinho e o luxuoso
Ninguém contesta o poder da comunicação social. Glorifica e destrói carreiras, em três tempos. O que a «Notícias TV», que sai com o DN e o JN, publicou na sexta-feira passada, não mata políticos, mas ajuda a massacrar os que estão em baixa e enche o ego aos que estão nas graças das...sondagens. Passos Coelho, ao qual nunca se descola o rótulo do neo-liberalismo, é perspectivado na reportagem da «Notícias TV» como o modesto português que se reúne com a família numa «casa arrendada na Manta Rota». Por seu turno, em contraponto, Sócrates é descrito, nos termos da «peça», como o malandro, que tem a desfaçatez de passar férias «num resort de luxo em Albufeira». «Líder da oposição poupadinho» e «Primeiro-Ministro de luxo» é desta forma populista que a revista do grupo Controlinvest, que tão amigo tem sido de Sócrates e do seu governo, sintetiza a postura dos dois políticos no usufruto das suas férias. Ventos de mudança?
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