Fiando-nos no que a agência do regime diz, a Lusa, o restaurante do 7.º piso do El Corte Inglés teve um dos dias mais concorridos de sempre. Não a servir pratos, mas a vender livros. Os de Gonçalo Amaral sobre o folhetim que a todos continua a apaixonar. «Após a conferência de imprensa, a sala onde decorreu foi invadida por dezenas de pessoas com exemplares do livro para autografar, enquanto à porta havia uma fila para adquirir a obra», relata o take da Lusa. Suspeitamos que por momentos o finório armazém da Av. A A Aguiar tenha sido tomado pela populaça, ansiosa para obter um autógrafo do justiceiro.
24 julho, 2008
«Yes we can», para europeu ouvir
Depois de Kennedy, Reagan e Clinton terem passado por Berlim, Barack Obama regressou à capital germânica para reforçar o simbolismo que costuma estar associado aos que são eleitos presidentes da América. Uma espécie de mensagem urbi et orbi para o resto do mundo ouvir. Hoje não ousou dizer «ich bin ein berliner», mas deixou duas ou três frases fortes, que consolidam a relação apaixonada que o candidato democrata mantém, de há um tempo a esta parte, com os europeus. «A América não tem melhor sócio que a Europa» ou «o único caminho é derrubar muros e abrir pontes», foram frases-chave, perante uma multidão estimada pela polícia em 200 mil pessoas. Se Obama fosse candidato aos Estados Unidos da...Europa já tinha a eleição garantida. E se calhar até ficávamos bem servidos. Ficamos à espera que a retórica se cumpra na prática. Para políticos de plástico, já basta a fornada que despejaram aqui no «rectângulo»...
A SIC-Noticias é mais Maddie
Costumo perguntar com frequência se a SIC-Notícias é um canal de notícias a sério, ou se foi só uma invenção do Balsemão para encaixar uns amigos nos programas de debate, no jornal das 9 do Mário Crespo ou para o Mário Augusto nos dar as «fitas» que estreiam para ver no cinema. O que irrita é que no essencial eles passam sempre ao lado. Hoje, foi mais um exemplo. O discurso simbólico de Obama em Berlim não teve honras de ligação em directo. Eram 18h30. Era só chamar o Nuno Rogeiro, que agora que pintou o cabelo de preto é conhecido em Carnaxide como o «troca tintas», que fazia «3 em 1»: ouvia, traduzia e comentava. Marcavam a actualidade, que mais não é do que a obrigação do canal, que faz alarde de ser visto em Nova York e Luanda, mas que parece só mobilizar meios para cenas relacionadas com tribunais, debates do estado da nação e para o caso Maddie.
Jogos de bastidores
A atribuição dos direitos de um jogo por semana nas próximas 2 temporadas da Liga Sagres à RTP está a indispor muita gente. Os partidos políticos saíram em força a questionar o investimento dos dinheiros públicos em tal excentricidade, mas a reacção mais irada veio de José Eduardo Moniz, o director geral da TVI, canal que perdeu o exclusivo que tinha, e que num artigo publicado em vários jornais acusa a RTP de ser o «braço armado» do Governo. Moniz sabe, e nós também, que estamos a poucos meses da atribuição, pelo governo, da licença do quinto operador de televisão e que, provavelmente, Joaquim Oliveira, dono da SportTV e detentor dos direitos do campeonato de futebol, quis fazer o «bonitinho» ao canal do Estado. Porquê? porque o patrão da Olivedesportos deverá ser um dos interessados na concessão do novo canal. Nem nós, nem o Moniz, acreditamos em coincidências, mas esta tem fortes possibilidades de vir a acontecer.
A genialidade do verdadeiro artista
Mão amiga fez-nos chegar um sketch delicioso do «Hora H» de Herman José emitido em 2007, quando a SIC já marginalizara o programa para as madrugadas de segunda-feira. Chama-se «famílias disfuncionais do Benfica e do Sporting» e mostra, de forma dramatizada e hiperbolizada, de que forma o estrato social dos adeptos dos clubes de Lisboa afecta a reacção a uma derrota no respectivo seio familiar. Herman ao melhor nível e um bom aperitivo para o próximo domingo para o primeiro confronto entre os dois de Lisboa, no transcendental Torneio do Guadiana.
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