13 abril, 2009

Música, maestro!

A Moura Guedes e a Campos Ferreira meteram férias. Portanto, esta semana nem aqueceu, nem arrefeceu para o Governo. O país futebolístico, os 6 milhões de "vermelhos", mais os 3 milhões de anti-lampiões, está entretido com a crise do Benfica, as eleições e os "buracos" do Sporting e o jogo do FC Porto para a Champions. Enquanto isso, Sócrates, mesmo reconhecendo não ter jeito para maestro de orquestra, vai democratizar o ensino da música. «Julgo que esta é a ambição maior de um político: poder ocupar o lugar de alguém que dirige uma orquestra», disse. No fundo, confessa que vai (continuar a) dar música à malta. Para quem mente tanto, a sinceridade fica-lhe tão bem...

De ficar gago

No dia seguinte ao fim-de-semana pascal, nada melhor do que requentar um tema que já tem barbas: as universidades estão «tesas» e exigem ao ministro Gago soluções financeiras urgentes. O estardalhaço noticioso foi grande, mas a novidade não é de hoje. Valha o circunspecto e alinhado «Telejornal» do canal público, que conseguiu, nas «páginas interiores» do seu boletim noticioso das 8 dar uma notícia verdadeiramente nova: algures no interior, há uma escola de aldeia, entretanto extinta, que foi transformada em capela mortuária.
Com esta sim, qualquer um fica gago.

Nós ou o caos

A 6 meses do dia «D», soaram os alarmes na «esquerda» da capital. A proliferação de candidatos, a pulverização dos votos e a aliança PSD e CDS, faz indiciar dias difíceis para o actual presidente da Câmara. Vai daí, sai uma petição em jeito de toque a reunir, para a esquerda unida, a radical e a democrática, como os socialistas gostam de dizer, convergir esforços em torno de António Costa. Uma espécie de «nós ou o caos». O autarca «alfacinha» sabe que joga a sua sobrevivência política nesta contenda, caso Santana consiga o milagre (que não parece tão impossível como se previa) de regressar aos Paços do Concelho. Resta saber o que terá de dar Costa em troca para Louçã e Jerónimo mudarem de opinião.

Alma de contabilistas

O debate de ontem entre Soares Franco e Dias da Cunha parecia coisa de dois contabilistas, tal foi a acesa discussão em torno de termos como «resultados consolidado», «balanço» ou «passivo». A linguagem cifrada é sempre o melhor trunfo dos que nada têm para apresentar.