Quem já foi à Madeira sabe que o estádio do Nacional, visto do Funchal à noite durante um jogo, parece um presépio no topo da montanha. Fica numa zona alta e muito atreita a situações de mau tempo e nevoeiro intermitente, seja de dia ou de noite. Junto ao porto do Funchal o tempo pode estar limpo e quente, lá em cima, na Choupana, pode fazer um frio de rachar. Foi o que aconteceu no Nacional-Benfica (0-2) desta noite, com o árbitro a ter necessidade de interromper a partida por duas ocasiões devido ao nevoeiro cerrado. O mais intrigante é a Liga permitir sem problemas a homologação de um estádio com estas características e, mais intrigante ainda, o facto de o presidente do Nacional, Rui Alves, engenheiro de formação e ex-vereador da Câmara do Funchal com o pelouro dos licenciamentos urbanos, ter permitido a construção de um estádio (que por acaso até leva o seu nome) numa cota tão elevada. Ele há coisas do diabo...
29 agosto, 2011
E os cortes, pá?
Em mais um episódio da novela «o país sob escuta», o secretário-geral do FBI português foi a São Bento para uma reunião de urgência com o Primeiro-Ministro. Se o gabinete de Passos Coelho assegura que a demissão de Júlio Pereira não esteve em cima da mesa, então é porque foi só uma reunião de cortesia para troca de cumprimentos. O governo de Passos Coelho está a milhas da perfeição do executivo socialista na arte de comunicar, mas já se viu que adora cortinas de fumo. E os cortes na despesa, pá?
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