05 fevereiro, 2009

Semelhanças e diferenças entre as sondagens e o algodão

Nem o «Freeport» consegue abalar a absoluta maioria do PS. A última sondagem «Expresso», «SIC» e «RR» reduziu em apenas -0,8% a intenção de voto nos socialistas. O PSD segue, disparado, encosta abaixo. O BE, a CDU e o CDS também sobem. Se as sondagens não mentem, então Sócrates é à prova de boato, conspiração ou cabala.

A «vendetta» de Balsemão?

Agora que os detalhes judiciais do caso «Freeport» começam a perder gás nas primeiras páginas dos periódicos e na abertura dos telejornais, emergem novas teorias da conspiração, a mais recente, envolve Francisco Pinto Balsemão, o «Citizen Kane» cá do burgo, como o autor da trama. Motivos? De sobra. Agastado por os avultados investimentos que tinha no BPP se verem cerceados pelas directivas socialistas; inconformado com a decisão governativa de lançar o quinto canal, o que vai diminuir o bolo publicitário disponível da sua estação; furioso com as críticas que a Entidade Reguladora da Comunicação Social tem produzido relativamente à SIC e ao veto que o presidente desta organização fez a um jornalista do «Expresso», também integrado no universo Impresa. Perante isto, diz-se que Balsemão perdeu a paciência. E não foi de modas. Recorreu ao seu poderoso grupo de comunicação, que tem a SIC e o Expresso como «navios-almirante», como forma de retaliar. Curiosamente, o caso é relançado no final de 2008 no «Sol». Especula-se que para não alimentar suspeitas. Próximo das hostes laranja, o jornal de José António Saraiva, foi ponta de lança, beneficiando do mediatismo que o caso tem para capitalizar audiências em período acentuado de queda de vendas. Com a fogueira já bem ateada, SIC, SIC-N, Expresso e depois a Visão assumiram as rédeas, adensando as dúvidas em torno do comportamento político do Primeiro-Ministro neste processo. Ricardo Costa, como se sabe irmão do presidente da CML e homem de confiança de Balsemão, tem sido impiedoso para Sócrates nos seus comentários. A entrevista no início de Janeiro ao líder do Governo foi prova disso, ainda o Freeport não estava na berra.
Imaginação fértil? É uma teoria da conspiração como tantas outras. Afinal, as «forças ocultas» podem ter rosto. Ou talvez não. No fundo, o que acabámos de relatar pode não passar de um delirante exercício especulativo. Ou nem por isso. É um bocado como as bruxas. Ninguém acredita, mas...

Os suecos são eternos



Uma rápida «viagem» pelo You Tube, é esclarecedora da popularidade desta banda. Milhões e milhões de pessoas visualizaram os videos deste suecos que se separaram em meados dos anos 80 e que são reis e senhores nesta rede social global, criada em 2005. Por coincidência, a revista «Visão» lançou hoje um CD de tributo aos ABBA chamado «Mamma Mia». São 20 hits, que incluem músicas do filme, do musical, versões cover, etc. Uma autêntica força da natureza. Os agora senhores de meia idade devem viver desafogados e à margem da crise. Os direitos de autor também são eternos.

Omissões ou desatenções

O presidente da Agência Portuguesa para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Basílio Horta, comparou hoje a crise internacional a um «abalo de terra».«É uma crise gravíssima, quase como um abalo de terra, que está a gerar uma angústia profunda, porque não sabemos o que havemos de fazer mais», disse Basílio Horta no Porto, à margem de uma conferência sobre as relações económicas Portugal-Angola. Basílio também criticou o governo, dizendo que se «houve milhões para o BPN», também devia haver dinheiro para simplificar o regime fiscal que rege as relações comerciais entre os dois países. Curiosamente, o take da Agência Lusa omitiu essa parte das declarações do ex-presidente do CDS. Um jornalista desatento, de certeza. Se calhar o mesmo que omitiu numa notícia da agência oficial que Portugal já estava em recessão.

A Feira...em Abril

Dada como morta e enterrada por muitos, a Feira do Livro de Lisboa vai voltar a realizar-se este ano, mas mais cedo. Começa a 30 de Abril e termina a 17 de Maio. No lugar do costume, o Parque Eduardo VII. Os organizadores prometem «pavilhões mais flexíveis, podendo acoplar-se uns nos outros e permitem uma utilização pelas diferentes editoras sem custos adicionais. Facilitam também o acesso a crianças e a pessoas com deficiências e cada editor pode dispô-los como entender», acrescentam. Eu também espero. O ano passado estive a ponto de tombar nos novíssimos pavilhões da Leya. Aguarda-se, igualmente, que S. Pedro não estrague a festa.