06 setembro, 2010

A «pérola» da noite

A apresentadora do «Prós & Contras» regressou em grande. Com um look mais arejado, mas mantendo a atávica tendência para o disparate. Então atentem no seguinte diálogo com o bastonário dos advogados:
Marinho e Pinto - Já vi em tribunais atirarem cadeiras contra juízes depois da leitura de uma sentença!
Fátima Campos Ferreira - Quem, os advogados?
Marinho e Pinto - Não, os arguidos...

1,2,3...aí está o Cruz outra vez!

O Carlos continua a carregar a sua Cruz e uma sentença que está por transitar em julgado, mas não perde uma oportunidade para se defender. O tempo de antena prossegue. Agora no oficial «Prós & Contras» da doutora Fátima, que faz questão de o tratar por «tu», apesar de nunca ter trabalhado directamente com ele. Cruz é um artista da palavra, apresenta os seus raciocínios e as teses que mais lhe convêm de forma clara e sistemática. Um comunicador nato que procura manipular e seduzir as massas, como aliás fez em toda a sua vida de apresentador. Insiste na tese da «intoxicação» da opinião pública e desafiou uma das vítimas que terá abusado, Francisco Guerra, para um debate para o povinho tirar as dúvidas. Cruz sabe que esse frente-a-frente nunca irá acontecer, mas pelo menos é capaz de nos dias que se seguiram à sentença, fruto da sua capacidade persuasiva, ter deixado alguns portugueses a pensar...

A precursora

Se não fosse o Nuno Cintra Torres, no «Diário Económico», a lembrar a efeméride, os 13 anos da morte da Princessa Diana (a 31 de Agosto de 1997), confesso que não me lembraria da data que, durante uma semana, paralisou o Globo. Algo nunca vista e que só teve paralelo posteriormente com o «11 de Setembro» ou a morte de João Paulo II. Desta feita, nem os jornais, nem as televisões recordaram a defunta em programas especiais. A «princesa do povo» ou «princesa electrónica», como lhe chama Cintra Torres, no artigo escrito por altura do trágico desaparecimento e agora recuperado, foi uma «bela imagem de TV», mas o passar dos anos fez que ficasse algo no esquecimento. O glamour que Diana irradiava foi substituído pelo arrojo e a provocação da pedante Lady Gaga, pelas aventuras amorosas desse «sex symbol» do futebol e do merchandising chamado Cristiano Ronaldo ou pelos cabelos grisalhos, a barba de três dias e a natural arrogância de José Mourinho. O pop star system continua a existir, os valores nas sociedades modernas é que se modificaram. Diana é que houve só uma. Deixou raízes. Foi a precursora de tudo o que nos rodeia.

O tabu, parte II

Cavaco Silva - Obrigado, caros concidadãos pelo vosso apoio. Estou ainda a ponderar, no recato da minha família, se me recandidato a Belém. Não se trata de outro tabu. Aliás, qualquer político que se preze seria incapaz de se furtar a um estimulante confronto eleitoral entre um poeta, um electricista e um médico sem fronteiras.