03 outubro, 2010

A casa dos manipuladores

Os reality-shows em Portugal começaram com o Big Brother, estávamos nós em crise, e regressam, em 2010, e continuámos ainda nas profundezas da depressão. Agora rebaptizado de «Secret Story» ou «Casa dos segredos», sem Teresa Guilherme, mas com Júlia Pinheiro. O figurino mantém-se. 16 concorrentes, todos manipuladores, mentirosos e loucos por amealhar dinheiro se conseguirem descobrir segredos dos restantes concorrentes. Para o lugar do «Zé Maria» de Barrancos escolheram o «António» de Baião. E há um Zé Miguel que quer ser presidente da junta, uma tripeira que vai cinco vezes por semana ao cabeleireiro, um surfista que quer mostrar ao pai a verdadeira faceta do filho, um delegado de informação médica com ar de corretor de bolsa, para além de 3 ou 4 carinhas larocas apropriadas para lavar a vista. A cereja no topo do bolo seria mesmo lá meter dentro um político caído em desgraça...
O concurso dura três meses na antena da TVI. O director de informação, Júlio Magalhães, já avisou que se houve «notícia» dentro da casa, a informação de Queluz de Baixo fará eco do tema. Teme-se o pior. O vencedor vai ser conhecido na já célebre gala de passagem de ano. Pode ser que quando saiam ainda exista país.

O engenheiro «não gosta disto»

Mais de 26 mil pessoas já adiram a um movimento criado no Facebook e que apela à «matança do porco». Reproduzimos a foto colocado na página da popular rede social, para melhor identificar o «animal», garantido que nada tivemos a ver com a brincadeira, não vá o censor-mor dos blogues que existe no SIS colocar-nos na lista negra dos serviços secretos acto de insubordinação contra os titulares do poder do Estado.

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U2 em dose dupla

Longe vai o tempo em que para assistir a um espectáculo de um grande da cena musical era preciso ir a Madrid ou a Barcelona. Ter os U2, provavelmente a banda mais consensual do Planeta, em dose dupla no nosso país (estivemos à beira de ter tido três espectáculos se S. Sebastian, em Espanha, não tivesse roubado um concerto) é privilégio para poucos. Segundo li, Coimbra aproveitou bem a «boleia», com hotéis lotados e comércio aberto até às 4 da manhã. Sei que serve de fraco consolo, mas pelo menos nisto já figuramos no mapa. Como diz o Nicolau do Laço, este é o «Portugal que vale a pena».

Dar a cara

Ainda há eleitores arrependidos por terem caído no conto do vigário. Pagam do seu próprio bolso um anúncio de jornal a pedir perdão pelo tremendo equívoco em que incorreram.