«Não tenho culpa que o actual primeiro-ministro tenha um passado recheado de episódios que vale a pena investigar! Estão constantemente a aparecer... Não vou investigar porque é o primeiro-ministro?! Pelo contrário: ele tem de ser ainda mais escrutinado do que os outros.», Manuela Moura Guedes, Suplemento «P2» do «Público», 27 Março 2009
27 março, 2009
A tendência para a falcatrua
Na sua infinita sapiência, dizia o senhor Presidente do Conselho, o ilustre professor doutor, António de Oliveira Salazar, que «os portugueses tinham uma propensão falcatrueira». Já no seu tempo. Se soubesse o que anda pelo seu Portugal, Salazar daria umas quantas piruetas no túmulo. No terceiro dia do julgamento de Isaltino Morais, o Ministério Público e o colectivo de juízes quiserem saber mais pormenores sobre a «apetência» do autarca de Oeiras por «dinheiro vivo». Isaltino voltou a justificar-se, com o que não tem justificação, afirmando «que sempre gostei de ter dinheiro no bolso». Para desculpar-se, disse até que a sua ex-sogra guardava dinheiro em...frigideiras. Toda a vida fez e alinhou em esquemas. O que eu faço, todos fazem, é o seu lema. Pois, e é, também isso, que faz com que ganhe, sucessivamente, eleições. Ele e os outros da sua cepa. Da boca do povinho, sai a cassete do costume: «Ok, ele rouba. Mas não roubam todos? Pelo menos ele faz qualquer coisa».
Encontramo-nos no tribunal
O telejornal que faz parar o país voltou a colocar em xeque a credibilidade do Primeiro-Ministro, ao transmitir o DVD da conversa de Charles Smith e Alan Perkins, em que o primeiro classifica o então ministro do ambiente de «corrupto». A conversa e o video que que incriminam Sócrates podem ser vistos aqui. De S. Bento a reacção foi rápida para controlar os danos. Um comunicado difundido minutos depois fala em «falsidades e difamação». O caso segue para a barra dos tribunais.
Subscrever:
Mensagens (Atom)