28 julho, 2009

«Se venia venir»

Duas notas prévias: não desejo o mal de ninguém e garanto não ter dons adivinhatórios, mas como dizem, sabiamente, os espanhóis, «esto se venia venir». No Verão do ano passado, escrevemos neste espaço que o destino de Luís Osório estava traçado no RCP. Na segunda-feira, foi despedido. Mais uma vez, cada tiro, cada melro. Portugal não tem tradição de rádios de palavra, nem de um programa da manhã que dure das 6h30 às 12 horas com um desfile de grandes personalidades a botar faladura. Os espanhóis, donos da Media Capital, fartaram-se deste director que lhes prometeu tudo e agora, dois anos depois, situa o Rádio Clube no fundo da tabela, longe da TSF, que prometeu superar. Osório faz lembrar um bocado José António Saraiva, com a particularidade de o arquitecto ter no CV duas décadas de ouro na direcção do semanário de Balsemão, que também prometeu ultrapassar o «Expresso» com o seu «Sol», mas como fracassou o seu objectivo, já está a encetar a fuga para Angola.
Descansem os que estão preocupados com o futuro profissional de Osório. Diz-se que este jovem caiu no goto de Mário Soares aquando da realização do livro sobre os 25 anos do 25 de Abril. A partir daí não se largaram. E o «pai» Soares, homem ainda muito influente por cá e junto dos seus amigos da Prisa, não é de deixar cair os seus «protegidos».
PS: O jantar prometido no post de Julho de 2008 continua de pé.

A polícia de olho em Santa Maria

Uma má notícia acerca do triste ensaio sobre a cegueira no Hospital de Santa Maria: dada a transcendência e peculiaridade dos factos, o caso já é do conhecimento das maiores eminências da especialidade a nível mundial. Ainda acaba em case study. A boa notícia é que o DIAP já está no terreno, depois de ter assumido o assunto como um caso de polícia. Com uns dias de atraso, é certo, mas por cá os processos não primam especialmente pela celeridade.

Cambalhota política

Depois do que disseram um do outro e da luta fraticida que se desenvolveu dentro partido, até dá um arrepio na espinha ver, lado a lado, e sorridentes, Ribeiro e Castro e Paulo Portas numa acção de campanha. O que é hoje é verdade...

Muito ruído, poucas decisões

As declarações do director desportivo da selecção nacional indiciam que Queiroz vai mesmo chamar Liedson ao «onze» das quinas para o próximo compromisso. Ninguém percebe o burburinho que ainda existe em relação a esta questão. Depois de Pepe e Deco, jogadores de qualidade, terem sido convocados, qualquer outro jogador, seja de que nacionalidade for, desde que tenha nível e seja naturalizado português, arrisca-se a ser convocado. Liedson tem essa qualidade e está a «anos-luz» dos pontas de lança que nasceram por cá. Eu cá voto no «Levezinho». Ele resolve.

A nossa salvação ou o enterro definitivo?

«Um em cada três espanhóis aceitaria formar uma federação com Portugal», estudo da Universidade de Salamanca, publicado no jornal «El Mundo», 28 Julho 2009