18 junho, 2012

«Cristianator»

 «Foi uma obra demolidora, só ao alcance de eleitos como este "Hércules" feito futebolista. Rematou, fintou, cabeceou, centrou e até se conteve nos desplantes, apenas concentrado no jogo, empenhado. Com todos os "cristianos" juntos nada pode fazer a Holanda (...) O resgate do avançado madridista consagrou "Cristianator"», José Sámano, El País, 18 Junho 2012

O rei dos cromos difíceis

Estão na moda as reportagens televisivas sobre as colecções de cromos. A mais recente febre é a caderneta do Euro 2012 e a boa prestação da selecção das quinas está a dar uma ajuda. Esta noite vi mais uma "peça" na TVI, pela repórter Lara Santos. Eles «andem» aí, nomeadamente na Praça dos Restauradores ou junto à estação do Rossio, em Lisboa. Os homens e as mulheres dos cromos difíceis não têm descansado. Vendem, trocam e ficam vesgos de tanto olhar para as listas que pais e filhos, pequenos e graúdos, lhes entregam. Mas o mais original de todos é o vendedor situado no quiosque mais próximo da agência ABEP. Ele auto-intitula-se «o rei do cromo avulso». A pedir meças ao rei dos frangos ou ao rei das farturas. Um verdadeiro mimo que não resisti a imortalizar para o modesto blog deste vosso servidor.

O homem que dizia nunca se enganar

Este segundo mandato presidencial fica indelevelmente marcado pela terrível gaffe das pensões. Cavaco meteu a pata na poça e nem sequer, a frio, se dignou corrigir ou pedir desculpa. O povo já não o chupa. Agora promulga o controverso código do trabalho, fiel à sua eterna máxima, «não me engano e raramente tenho dúvidas». Tudo somado o seu consulado político, como PM e PR, soma quase 20 anos. Mais de metade dos 38 anos que levamos de Portugal democrático. Já chega!

A revolta dos PIG´S

Este Euro 2012 é praticamente a revolta do PIG'S. Portugal, Espanha, Itália e Grécia estão nos quartos de final, faltando apenas a Irlanda para o concerto dos oprimidos ser completo. A moral da história é a seguinte: os preguiçosos e insolentes países periféricos que vivem à custa dos germânicos e que tentam ser afastados de jogo pelos mercados demonstram a sua revolta dentro de um relvado. É esta a grandeza do futebol.