29 abril, 2012

O risco de ser campeão

Assisto à festa azul e branca em Coimbra. A Praça da República tem 30 «dragões» a fazer a festa. Está de chuva, mas festa é festa, e mesmo poucos fazem barulho como o raio. O FC Porto é campeão. Vítor Pereira, o técnico por acidente, conquista o campeonato. O célebre aforismo de Mário Wilson, aplicado ao Benfica, mudou de clube. Agora pode dizer-se com propriedade, que quem é treinador do FC Porto arrisca-se a ser campeão. Sem querer retirar o mérito, acho que este título é desperdiçado por uma deficiente gestão de plantel no Benfica. Jesus não teve unhas para motivar um plantel de luxo nos momentos decisivos. Ganhar uma taça da liga é manifestamente pouco e nem os quartos de final da Champions servem de consolo. A contestação existe e já é extensível a Vieira que pode ter muitos méritos na gestão financeira do clube, mas que desportivamente nao vai deixar um grande legado na Luz.

Diz-me com quem andas...

Porque Cavaco parece cada vez menos sério do que todos apregoam, inclusive o próprio, o DN publica hoje mais lenha para queimar o mito em permanente imolação.

Obama, o entertainer

A meia dúzia de meses de eleições, e com a vitória por assegurar, Obama não hesita em socorrer-se do seu competente papel de entertainer. É capa deste mês da «Rolling Stone», participou num conhecido late show esta semana e ontem brincou com tudo e todos na habitual gala dos correspondentes em Washington. A economia tarda em recuperar, o desemprego também,  mas os americanos também são gente e não dispensam pão e muito circo. «Truman não faria isto», diz um conhecido analista da conservadora Fox TV. Mas na era dos políticos de plástico, nem só os discursos têm que ser necessariamente plásticos.

Jornalismo manipulador

Na nobre arte de manipular, o «The Economist», que tem tanto de sério como de parcial, faz o seu papel chamando «muito perigoso» ao senhor Hollande.