Grande momento televisivo proporcionado pelo «Telejornal» da RTP. Para inglês ver, a tola da Fatinha Campos Ferreira sentou-se no lugar do pendura, guiada por...José Sócrates, que não deve saber o que é um automóvel há uns 6 anitos, altura em que chegou ao poder. O mais hilariante é que a acção passa-se em Vilar de Maçada, uma aldeia perdida em Trás-os-Montes, onde o secretário-geral socialista nasceu. Não se vê qualquer carro (cheira-me que cortaram o trânsito nas imediações, não fosse o Diabo tecê-las...) e o engenheiro cumprimenta com um forçado «bom dia» todos os campónios que estão nas bermas. Uma verdadeira palermice. Mas o zénite acontece quando ao iniciar a marcha, do carro guiado por Sócrates começa a soar um insistente alarme, com uma duração eterna de uns 30 segundos, perante a impaciência do primeiro-ministro. A tolinha acaba por salvar a situação e prosseguem a marcha. «Tenho saudades de conduzir», diz ele com o seu ar melancólico. É este mesmo tipo que disse há um par de anos que gosta das manhãs cinzentas e nubladas. É este tipo que nos governa há 6 anos. Parece-me que é preciso mudar de motorista, mas da carroça, porque como país há muito que fomos despromovidos da categoria das quatro rodas.
VIDEO: http://www0.rtp.pt/noticias/?t=Jose-Socrates--conversa-ao-volante-com-Fatima-Campos-Ferreira.rtp&headline=20&visual=9&article=445448&tm=87
25 maio, 2011
Adivinhe quem não veio para almoçar?
A minha solidariedade para o António Colaço, um grande amigo dos jornalistas de política e não só, que ficou hoje literalmente com a criança nos braços ao ver que o convidado que anunciara com pompa e circunstância para os seus almoços das quartas-feiras no «Res Publica», ao Chiado, baldou-se, sem dizer água vai. O ex-Presidente Sampaio tinha dito o «sim» para «tertuliar» com o Colaço, mas sem qualquer explicação por parte do próprio ou da sua assessoria, não compareceu. Não sei o que terá acontecido, mas um telefonema ou uma SMS por parte do Alto Comissário da ONU ou de um seu ajudante/«escravo», por mais curto que fossem, teria poupado o embaraço ao organizador. Há mais vida para além da política, Sampas!
PS: Manda informar o Colaço que o bom do Sampaio lá acabou por ligar à noite, desfazendo-se em desculpas. Estava em Barcelona e equivocou-se com as datas. Como castigo, devia ser ele a pagar o almoço da próxima vez.
PS: Manda informar o Colaço que o bom do Sampaio lá acabou por ligar à noite, desfazendo-se em desculpas. Estava em Barcelona e equivocou-se com as datas. Como castigo, devia ser ele a pagar o almoço da próxima vez.
Geração à bulha
Mais um vídeo que atesta bem o nível a que chegaram estes pobres adolescentes que andam de costa folgada devido às faltas que dão na escola. Os que lá andam. Mas se não andam, o que fazem? Passeiam pelos centros comerciais, furtam telemóveis e andam à bulha? É muito pouco para uma sociedade que tem a troika à perna e precisa de mais produtividade. Diminua-se a idade penal para os 14 anos para deixar de mandar estes inimputáveis para casa como se nada fosse.
Eu tenho alguma coisa a ver com isto?
Mão amiga, uma anti-socrática de carteirinha, fez-nos chegar o trecho do professor Álvaro Santos Pereira, autor de um calhamaço que anda nas principais livrarias sobre o que andámos a fazer nestes últimos anos para aqui termos chegado. É uma espécie de «expliquem-me como estamos no fundo do poço, como se eu fosse muito burro»!
O professor Álvaro Santos Pereira (Universidade de Vancouver, Canadá) colocou ontem no seu blogue "Desmitos" um post que é obrigatório ler para perceber o que devíamos estar a discutir na campanha eleitoral. Aqui fica a reprodução:
Nos últimos dias, a "campanha" eleitoral tem sido constituída por um rol de "factos" que só servem para distrair os(as) portugueses(as) daquilo que realmente é essencial. E o que é essencial são os factos. E os factos são indesmentíveis. Não há argumentos que resistam aos arrasadores factos que este governos nos lega. E para quem não sabe, e como demonstro no meu novo livro, os factos que realmente interessam são os seguintes:
1) Na última década, Portugal teve o pior crescimento económico dos últimos 90 anos;
2) Temos a pior dívida pública (em % do PIB) dos últimos 160 anos. A dívida pública este ano vai rondar os 100% do PIB;
3) Esta dívida pública histórica não inclui as dívidas das empresas públicas (mais 25% do PIB nacional);
4) Esta dívida pública sem precedentes não inclui os 60 mil milhões de euros das PPPs (35% do PIB adicionais), que foram utilizadas pelos nosso governantes para fazer obra (auto-estradas, hospitais, etc.) enquanto se adiava o seu pagamento para os próximos governos e as gerações futuras. As escolas também foram construídas a crédito;
5) Temos a pior taxa de desemprego dos últimos 90 anos (desde que há registos). Em 2005, a taxa de desemprego era de 6,6%. Em 2011, a taxa de desemprego chegou aos 11,1% e continua a aumentar;
6) Temos 620 mil desempregados, dos quais mais de 300 mil estão desempregados há mais de 12 meses;
7) Temos a maior dívida externa dos últimos 120 anos;
8) A nossa dívida externa bruta é quase 8 vezes maior do que as nossas exportações;
9) Estamos no top 10 dos países mais endividados do mundo em praticamente todos os indicadores possíveis;
10) A nossa dívida externa bruta em 1995 era inferior a 40% do PIB. Hoje é de 230% do PIB;
11) A nossa dívida externa líquida em 1995 era de 10% do PIB. Hoje é de quase 110% do PIB;
12) As dívidas das famílias são cerca de 100% do PIB e 135% do rendimento disponível;
13) As dívidas das empresas são equivalente a 150% do PIB;
14) Cerca de 50% de todo endividamento nacional deve-se, directa ou indirectamente, ao nosso Estado;
15) Temos a segunda maior vaga de emigração dos últimos 160 anos;
16) Temos a segunda maior fuga de cérebros de toda a OCDE;
17) Temos a pior taxa de poupança dos últimos 50 anos;
18) Nos últimos 10 anos, tivemos défices da balança corrente que rondaram entre os 8% e os 10% do PIB;
19) Há 1,6 milhões de casos pendentes nos tribunais civis. Em 1995, havia 630 mil. Portugal é ainda um dos países que mais gasta com os tribunais por habitante na Europa;
20) Temos a terceira pior taxa de abandono escolar de toda a OCDE (só melhor do que o México e a Turquia);
21) Temos um Estado desproporcionado para o nosso país, um Estado cujo peso já ultrapassa os 50% do PIB;
22) As entidades e organismos públicos contam-se aos milhares. Há 349 Institutos Públicos, 87 Direcções Regionais, 68 Direcções-Gerais, 25 Estruturas de Missões, 100 Estruturas Atípicas, 10 Entidades Administrativas Independentes, 2 Forças de Segurança, 8 entidades e sub-entidades das Forças Armadas, 3 Entidades Empresariais regionais, 6 Gabinetes, 1 Gabinete do Primeiro Ministro, 16 Gabinetes de Ministros, 38 Gabinetes de Secretários de Estado, 15 Gabinetes dos Secretários Regionais, 2 Gabinetes do Presidente Regional, 2 Gabinetes da Vice-Presidência dos Governos Regionais, 18 Governos Civis, 2 Áreas Metropolitanas, 9 Inspecções Regionais, 16 Inspecções-Gerais, 31 Órgãos Consultivos, 350 Órgãos Independentes (tribunais e afins), 17 Secretarias-Gerais, 17 Serviços de Apoio, 2 Gabinetes dos Representantes da República nas regiões autónomas, e ainda 308 Câmaras Municipais, 4260 Juntas de Freguesias. Há ainda as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, e as Comunidades Inter-Municipais;
23) Nos últimos anos, nada foi feito para cortar neste Estado omnipresente e despesista, embora já se cortaram salários, já se subiram impostos, já se reduziram pensões e já se impuseram vários pacotes de austeridade aos portugueses. O Estado tem ficado imune à austeridade;
Isto não é política. São factos. Factos que andámos a negar durante anos até chegarmos a esta lamentável situação. Ora, se tomarmos em linha de conta estes factos, interessa perguntar: como é que foi possível chegar a esta situação? O que é que aconteceu entre 1995 e 2011 para termos passado termos de "bom aluno" da UE a um exemplo que toda a gente quer evitar? O que é que ocorreu entre 1995 e 2011 para termos transformado tanto o nosso país? Quem conduziu o país quase à insolvência? Quem nada fez para contrariar o excessivo endividamento do país? Quem contribuiu de sobremaneira para o mesmo endividamento com obras públicas de rentabilidade muito duvidosa? Quem fomentou o endividamento com um despesismo atroz? Quem tentou (e tenta) encobrir a triste realidade económica do país com manobras de propaganda e com manipulações de factos? As respostas a questas questões são fáceis de dar, ou, pelo menos, deviam ser. Só não vê quem não quer mesmo ver.
A verdade é que estes factos são obviamente arrasadores e indesmentíveis. Factos irrefutáveis. Factos que, por isso, deviam ser repetidos até à exaustão até que todos nós nos consciencializássemos da gravidade da situação actual. Estes é que deviam ser os verdadeiros factos da campanha eleitoral. As distracções dos últimos dias só servem para desviar as atenções daquilo que é realmente importante.
Álvaro Santos Pereira (http://desmitos.blogspot.com/)
Nos últimos dias, a "campanha" eleitoral tem sido constituída por um rol de "factos" que só servem para distrair os(as) portugueses(as) daquilo que realmente é essencial. E o que é essencial são os factos. E os factos são indesmentíveis. Não há argumentos que resistam aos arrasadores factos que este governos nos lega. E para quem não sabe, e como demonstro no meu novo livro, os factos que realmente interessam são os seguintes:
1) Na última década, Portugal teve o pior crescimento económico dos últimos 90 anos;
2) Temos a pior dívida pública (em % do PIB) dos últimos 160 anos. A dívida pública este ano vai rondar os 100% do PIB;
3) Esta dívida pública histórica não inclui as dívidas das empresas públicas (mais 25% do PIB nacional);
4) Esta dívida pública sem precedentes não inclui os 60 mil milhões de euros das PPPs (35% do PIB adicionais), que foram utilizadas pelos nosso governantes para fazer obra (auto-estradas, hospitais, etc.) enquanto se adiava o seu pagamento para os próximos governos e as gerações futuras. As escolas também foram construídas a crédito;
5) Temos a pior taxa de desemprego dos últimos 90 anos (desde que há registos). Em 2005, a taxa de desemprego era de 6,6%. Em 2011, a taxa de desemprego chegou aos 11,1% e continua a aumentar;
6) Temos 620 mil desempregados, dos quais mais de 300 mil estão desempregados há mais de 12 meses;
7) Temos a maior dívida externa dos últimos 120 anos;
8) A nossa dívida externa bruta é quase 8 vezes maior do que as nossas exportações;
9) Estamos no top 10 dos países mais endividados do mundo em praticamente todos os indicadores possíveis;
10) A nossa dívida externa bruta em 1995 era inferior a 40% do PIB. Hoje é de 230% do PIB;
11) A nossa dívida externa líquida em 1995 era de 10% do PIB. Hoje é de quase 110% do PIB;
12) As dívidas das famílias são cerca de 100% do PIB e 135% do rendimento disponível;
13) As dívidas das empresas são equivalente a 150% do PIB;
14) Cerca de 50% de todo endividamento nacional deve-se, directa ou indirectamente, ao nosso Estado;
15) Temos a segunda maior vaga de emigração dos últimos 160 anos;
16) Temos a segunda maior fuga de cérebros de toda a OCDE;
17) Temos a pior taxa de poupança dos últimos 50 anos;
18) Nos últimos 10 anos, tivemos défices da balança corrente que rondaram entre os 8% e os 10% do PIB;
19) Há 1,6 milhões de casos pendentes nos tribunais civis. Em 1995, havia 630 mil. Portugal é ainda um dos países que mais gasta com os tribunais por habitante na Europa;
20) Temos a terceira pior taxa de abandono escolar de toda a OCDE (só melhor do que o México e a Turquia);
21) Temos um Estado desproporcionado para o nosso país, um Estado cujo peso já ultrapassa os 50% do PIB;
22) As entidades e organismos públicos contam-se aos milhares. Há 349 Institutos Públicos, 87 Direcções Regionais, 68 Direcções-Gerais, 25 Estruturas de Missões, 100 Estruturas Atípicas, 10 Entidades Administrativas Independentes, 2 Forças de Segurança, 8 entidades e sub-entidades das Forças Armadas, 3 Entidades Empresariais regionais, 6 Gabinetes, 1 Gabinete do Primeiro Ministro, 16 Gabinetes de Ministros, 38 Gabinetes de Secretários de Estado, 15 Gabinetes dos Secretários Regionais, 2 Gabinetes do Presidente Regional, 2 Gabinetes da Vice-Presidência dos Governos Regionais, 18 Governos Civis, 2 Áreas Metropolitanas, 9 Inspecções Regionais, 16 Inspecções-Gerais, 31 Órgãos Consultivos, 350 Órgãos Independentes (tribunais e afins), 17 Secretarias-Gerais, 17 Serviços de Apoio, 2 Gabinetes dos Representantes da República nas regiões autónomas, e ainda 308 Câmaras Municipais, 4260 Juntas de Freguesias. Há ainda as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, e as Comunidades Inter-Municipais;
23) Nos últimos anos, nada foi feito para cortar neste Estado omnipresente e despesista, embora já se cortaram salários, já se subiram impostos, já se reduziram pensões e já se impuseram vários pacotes de austeridade aos portugueses. O Estado tem ficado imune à austeridade;
Isto não é política. São factos. Factos que andámos a negar durante anos até chegarmos a esta lamentável situação. Ora, se tomarmos em linha de conta estes factos, interessa perguntar: como é que foi possível chegar a esta situação? O que é que aconteceu entre 1995 e 2011 para termos passado termos de "bom aluno" da UE a um exemplo que toda a gente quer evitar? O que é que ocorreu entre 1995 e 2011 para termos transformado tanto o nosso país? Quem conduziu o país quase à insolvência? Quem nada fez para contrariar o excessivo endividamento do país? Quem contribuiu de sobremaneira para o mesmo endividamento com obras públicas de rentabilidade muito duvidosa? Quem fomentou o endividamento com um despesismo atroz? Quem tentou (e tenta) encobrir a triste realidade económica do país com manobras de propaganda e com manipulações de factos? As respostas a questas questões são fáceis de dar, ou, pelo menos, deviam ser. Só não vê quem não quer mesmo ver.
A verdade é que estes factos são obviamente arrasadores e indesmentíveis. Factos irrefutáveis. Factos que, por isso, deviam ser repetidos até à exaustão até que todos nós nos consciencializássemos da gravidade da situação actual. Estes é que deviam ser os verdadeiros factos da campanha eleitoral. As distracções dos últimos dias só servem para desviar as atenções daquilo que é realmente importante.
Álvaro Santos Pereira (http://desmitos.blogspot.com/)
Portas por esse Rio acima
Sou dos que acha que com Rui Rio na liderança o PSD ganhava com uma perna às costas ao PS e extinguia a raça socrática quiçá para sempre. Os timings políticos, as pressões externas e outras maquinações ditaram que fosse Passos Coelho a avançar. Se calhar, muitos dos criadores do gestor, o tal que garante nunca ter deixado nenhuma empresa falir, já se arrependeram. Ou talvez não. Dia 5 de Junho tira-se a prova dos nove. Portas é que continua com pose de único membro com lugar garantido no próximo governo, quase de certeza a vice-primeiro-ministro. Sabendo disso, tem recordado (com profunda justiça) o trabalho desenvolvido pelos deputados do seu partido no Parlamento nesta legislatura e tem entabulado contactos políticos ao mais alto nível. Pedir para ser recebido por Rui Rio é, convenhamos, uma jogada de mestre. Portas quis mostrar que em plena campanha eleitoral há um presidente de câmara, que nem é do seu partido, que o recebe na sua casa. Passos Coelho desculpou-se, quase a gaguejar, afirmando que não tinha pedido audiência a nenhuma autarca, mas também não precisa, visto que os querem andar atrás de si, neste caso os do PSD, lambem-lhe as botas diariamente em todos os distritos por onde passa. Pelo menos enquanto cheirar a poder.
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