Pode João Vieira Pinto, condenado por fraude fiscal, continuar com director da Federação Portuguesa de Futebol?
10 setembro, 2012
De olho na cartilha mágica
Agora que já têm na sua posse a cartilha mágica para responder a jornalistas e a outros curiosos, os ministros do governo começam a sair da toca para dizer toda a verdade sobre a austeridade. Amanhã, Gaspar apresenta a avaliação da troika às 15h, à noite é entrevistado na SIC, logo a seguir é a vez de Carlos Moedas ir à SIC-Notícias, para na quinta-feira ser a vez do «chefe» Coelho deslocar-se à televisão (ainda) pública para prestar explicações. Diz quem viu que as 4 folhas A4 têm apenas uma certeza: o aumento da contribuição para a segurança social não é um imposto. Miguel Sousa Tavares é que tem razão: pelo andar da carruagem, qualquer dia quem recebe o seu ordenado por trabalhar é considerado um cidadão de luxo.
Risco iminente
Por estes dias, uma deslocação de um ministro da maioria tem um nível de risco semelhante a um clássico Benfica-FC Porto. Esta noite foi Nuno Crato a ouvir das boas quando dava entrada nos estúdios da TVI. Foi necessário reforço policial para controlar a mole humana de docentes, irada com o ministro da Educação. E a situação vai repetir-se com qualquer governante deste executivo nos tempos mais próximos. Em tempo de contenção de despesas, sugerimos que os ministros comecem a trabalhar a partir de casa (munidos de portátil e telemóvel, de que mais precisam?) e a fazerem tele-conferências, em vez de se aventurarem em deslocações de alto risco. Governa-se na mesma e sem colocar em causa a integridade física de quem decide.
Ideias negras
O Facebook dá mesmo para tudo, coisas sérias, muro das lamentações de políticos impreparados e até para mobilizações idiotas. O último apareceu na rede social do Zuckerberg e desafia que os portugueses coloquem bandeiras negras nas varandas até à data da votação do Orçamento do Estado, em Outubro. A minha opinião vale o que vale, mas cá para mim era preferível lançar um desafio aos «tugas» indignados para lançar um ovo, uma tarte ou tinta verde na fuça de Passos Coelho ou algum dos seus ministros.
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