A zona envolvente do Pavilhão Atlântico está por estes dias transformada numa espécie de Parque de Campismo «Tokyo». A banda germânica Tokyo Hotel actua domingo à noite na maior sala de espectáculos da capital, após o dramático (até meteu choro) adiamento do concerto há uns meses atrás por súbito impedimento do seu vocalista. Mas o que mais choca nas reportagens que os canais televisivos têm emitido prende-se com as dezenas de pirralhos borbulhentos com 10,11, 12, 13 anos, que receberam a anuência dos progenitores e encarregados de educação (???) para montarem tenda nos últimos dias para assegurarem a primeira fila dentro do pavilhão. Os papás, em vez de lhes inculcarem valores e referências, preferem desembolsar os 40 euros do bilhete, para alguns que vêm de fora de Lisboa, viagem e alimentação, e uma tenda para realizar o sonho dos cachopos. Resultado: os putos ficam a achar por alguns dias os «cotas» uns bacanos e os «cotas» sentem-se aliviados não compram uma briga com os jovens e ficam com a garantia de que estes vão desamparar a loja e não vão chatear muito. A isto chegámos. Não há Ministério da Educação e política educativa que resistam.
28 junho, 2008
Menos marxista, mais clean
A «Quadratura do Círculo» da passada quinta-feira revelou um Pacheco Pereira com new look, mais clean. Barba rala, cabelo bastante aparado, o que o fez perder aquele ar grave e sério de filósofo do proletariado, assemelhando-se em tudo ao retrato de Karl Marx. A nova era de mentor dentro do PSD de Ferreira Leite deve tê-lo feito cortar a direito em termos de imagem. Vão ver que o homem ainda chega a ministro da Cultura ou da Educação.
O pistoleiro atrasado
Segundo os especialistas em teoria da conspiração e em histórias policiais, o Primeiro-Ministro José Sócrates sofreu sexta-feira à noite uma tentativa de assassinato com...20 minutos de atraso. Ah, pois é. Passamos a explicar. Sete tiros foram disparados para o ar, tendo dois eles acertado na cobertura do pavilhão do Arade, em Portimão, algum tempo depois de Sócrates se ter retirado. Uma dúvida assalta-nos. Uma vez que Sócrates estava no Algarve na condição de secretário-geral do PS, será que o alegado homicida falhado queria acertar no líder socialista ou no chefe do governo? Fica a interrogação. Para já, tanto a governadora civil como o ministro da Administração Interna, qualificaram o acto de «muito mau gosto». Para serem mais objectivos e rigorosos, podiam ter dito que o alegado pistoleiro é um tipo algo distraído, porque se queria acertar em alguém, perdeu uma boa oportunidade para estar em sossego. Sentido de oportunidade não é com ele.
A crise chegou à realeza
Nem Isabel II está imune à crise. O chefe de finanças da Casa Real britânica revelou que a monarquia necessita de 32 milhões de libras (mais de 40 milhões de euros) para a manutenção do Palácio de Buckingham, o castelo de Windsor e outras residências afectas à realeza. Por este rumo, a rainha não terá outra alternativa que não seja vender os anéis e ficar com os dedos. Ou como dizem os plebeus, «não há dinheiro não há vícios».
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