09 setembro, 2010

A «boca» do dia

«Não podem criar um canal no Cabo só para o Carlos Cruz?», frase lida algures na blogosfera, 9 Setembro 2010

Em rigoroso diferido

No nosso país é frequente brincar-se aos sites e aos canais de informação. A originalidade mais recente acontece pela mão da RTP-N que, segundo o DN, emite os seus boletins noticiosos durante a madrugada em rigoroso...diferido. As sínteses informativas são gravadas ao fim da noite para passarem para os cerca de 3523 portugueses que têm insónias ou que foram expulsos para o sofá pela parceira. O chocante é que a notícia é mesmo verdadeira, confirmada pelo canal do Estado. Falta de recursos humanos é a justificação do costume. A TVI24 optou por outra estratégia: não emite noticiários durante a madrugada. A SIC-N é a excepção, transmite os boletins em directo e actualizados, sempre que se justificar. Gostava de ser mosca para espreitar as redacções dos três canais ditos informativos durante a madrugada. Deve ser uma azáfama. A lógica é mesma esta: «se deflagrar algum incêndio no Chiado, a equipa da manhã que se desenrasque».

Madre Fátima na TVI

A TVI recupera, de alguma forma, a sua matriz religiosa e cristã ao contratar Fátima Lopes, na versão a amiga dos descamisados. No formato televisivo que estreia dentro de dias, Fátima vai apostar em «pagar as contas» dos participantes, em vez da permanente choradeira e do apelo ao coração que fazia durante a sua passagem na SIC. O mote é o seguinte: se está endividado e tem uma história surpreendente para contar, este é o sítio certo para o fazer.
Em tom de gozo, um articulista do «Diário Económico» dizia hoje que o ministro Teixeira dos Santos já teria pedido ficha de inscrição para participar no concurso. Já não há respeito!

A fama da musa que guarda telemóveis nos seios

Diz o povo, na sua eterna sabedoria, que o mundo é dos espertos. A paraguaia Larissa Riquelme, 25 anos, para além de ter um palminho de cara (e não só), também foi inovadora ao guardar o telemóvel entre os seus generosos seios, enquanto apoiava a selecção de Cardozo no mundial da África do Sul. Como no seu país os invejosos eram mais que muitos, Larissa não foi de modas e mudou-se da parvónia paraguaia para o cosmpolita e vanguardista Brasil, sendo a capa deste mês da «Playboy», na primeira versão em 3D. A moça está a aproveitar os 15 minutos de fama que alguém, sabe-se lá quem, lhe concedeu. A promoção do ensaio sensual para a revista brasileira foi o estoiro que a imagem demonstra.

Teoria da conspiração e os «pidófilos»

Há uns que só falam do seu livro. Outros, como Carlos Cruz, só falam do seu site. Do volume de mensagens recebidas, a sua proveniência, o estatuto de quem as remete. Não há quem o cale. A demanda à página da internet do apresentador tem sido tanta que o site tem estado muitas vezes em baixo, seja devido a ataques informáticos ou por excesso de acessos.
O «sr.televisão» esteve igual a si próprio na entrevista a Judite de Sousa. Admitiu a teoria da conspiração e o eventual envolvimento de uma pessoa que não quis identificar e até trouxe para a confusão a sua filha, que como não sabe dizer pedófilos diz «pidófilos», surgindo a inevitável alusão à PIDE, a política política do regime salazarista. Ao bater dos 30 minutos a entrevistadora cortou-lhe a palavra e da boca de Cruz saiu de forma paradoxalmente espontânea e estudada a reacção: «Já acabou?». Por hoje, sim. Aguarda-se por nova aparição televisiva e pelo calendário da digressão «Cruz on tour», onde o apresentador vai participar em diversas conferências para denunciar a tal «monstruosidade» que não se cansa de repetir. Talvez fosse oportuno as empresas de sondagens fazerem um estudozinho de opinião para tomar o pulso às convicções do povo sobre a culpabilidade ou inocência de Cruz. Os resultados eram capaz de ser surpreendentes.

A revelação do dia

«Costa muda-se para o Intendente», é o título de uma notícia do «Jornal de Notícias» de hoje, onde se lê que o autarca de Lisboa vai instalar o seu gabinete de trabalho «simbolicamente» numa das zonas pior afamadas da capital. Para os leitores do Porto, era o mesmo que o Rui Rio era mudar o estaminé para o Bairro do Aleixo. Não sei se me faço entender?