08 agosto, 2011

Larápios high-tech

Os larápios andam por todo o lado. Já não se pode entrar numa loja de um shopping que à saída os alarmes disparam por todo o lado. Por uns minutos, nós, humildes cidadãos, somos suspeitos com todos os olhares ameaçadores sobre nós. Desta vez os «premiados» foram os jogadores da selecção do Luxemburgo em estágio num hotel de luxo do Algarve. Os amigos do alheio entraram e levaram dinheiro e a melhor tecnologia disponível, Ipads, Laptops, Iphones. Antes de perder a sua boa imagem, os responsáveis do hotel decidiram inovar e foram às lojas comprar os objectos furtados, restituindo-os à comitiva luxemburguesa. Uma boa atitude, sem dúvida. Não sei é se será com a proliferação dos gatunos que conseguiremos, algum dia, cumprir o sonho do Álvaro: ser a Flórida da Europa.

Anarquia e caos versus lei e ordem

Os meninos à volta das fogueiras começam a gostar da anarquia. Afinal o caos pode ser uma alegria, contra o aborrecimento que é ter lei e ordem. O apelo da noite foi feito pelos responsáveis da Metropolitan Police de Londres: os pais que localizem os seus filhos e os tragam para casa.

Quando a realidade supera a ficção

Há alturas em que a realidade supera a ficção. Precisamente agora estamos a viver esse momento. Londres, que rivaliza com Nova York na cidade preferida para muitos realizadores de cinema, está a viver um "filme" com milhares de actores e sem pausas para intervalos. Se gosta de explosões, fogo, carros a arder e polícias contra delinquentes, ligue o seu televisor na Sky News e veja como a violência gratuita é o rastilho mimético para alastrar a dezenas de bairros de Londres. Desordeiros profissionais desafiam o Estado. Tumultos a fazerem lembrar os confrontos no início da década de 90 em Los Angeles. Pior do que isso: sem fim à vista. It's the end of the world?

O «arrastão» londrino

A crise a internet têm costas largas, mas os acontecimentos de Londres são acções de puro crime organizado e vandalismo juvenil. Comparado com os distúrbios e as pilhagens em Tottenham e Enfield, o «nosso «arrastão», o tal que nunca aconteceu, é uma brincadeira de crianças.