Em tudo na vida, a unanimidade nunca é boa conselheira. Nas artes, e especialmente na música ou no cinema, muito menos. Três ou quatro amigos deram-me promissoras referências do filme «Mamma Mia!», que tem nos principais papéis Meryl Streep e Pierce Brosnan. «Ri-me do principio ao fim», é mais ou menos a mensagem comum a todos. Nao deixa de ser algo intrigante, visto que este filme, para além de um argumento anódino, tem tudo para ser kitsch, até porque recria musicas de uma das bandas - os ABBA - que mais rótulos de «pirosa» recebeu. Tive acesso a uma cópia pirateada (os senhores inspectores da ASAE não leram nada, ok?), mas hesito em ver o filme. Com tantos encómios, até tenho receio de deixar de gostar dos... ABBA.
23 setembro, 2008
O complexo das «quinas»
Desde a saída de Vitor Baía dos relvados, está a custar a Portugal arranjar um seu sucessor à altura. Ricardo rendeu até determinado ponto, até se enterrar definitivamente, tanto na selecção como no seu clube. Agora nem é convocado para as «quinas» e está sentadinho no banco do seu clube o Bétis. O caso de Quim também é enigmático. Foi o melhor jogador do Benfica na temporada passada. Este ano, com a mudança de seleccionador, ascendeu à titularidade da baliza nacional, mas esse momento coincidiu com um «franguito» com a Dinamarca. Ontem em Paços de Ferreira o guardião das águias deu mais uma «casa», que felizmente não comprometeu os 3 pontos para os encarnados. Se este complexo das «quinas» prosseguir, restará a Queiroz chamar Eduardo do Braga para a baliza, enquanto Quique Flores terá de equacionar a utilização de Moreira. Como se ouviu recentemente, não há lugares cativos...
Estreito de «Magalhães»
Começar a construir a casa pelo telhado é uma velha arte portuguesa. Existem 500 mil computadores «Magalhães» para distribuir pelos alunos do 1.º ciclo, mas continuamos a ter dezenas de milhares de pessoas que não sabem ler, escrever e pensam que um computador é um bicho-papão. Os vulgarmente designados info-excluídos. E ao que parece, o novo PC está desprotegido face à atrevida curiosidade dos petizes mais irrequietos. Segundo um teste feito pela SIC, (claro está que para a RTP este computador só tem virtualidades), é só abrir o Google num destes computadores e clicar palavras tão singelas como «sexo», «vagina» ou «gatas maravilhosas», para um maravilhoso mundo se abrir aos olhos infantis. O Primeiro-Ministro não soube explicar esta falha de segurança. Balbuciou algo e zarpou para parte incerta. É melhor!
Nascer no TGV é outra loiça
Os portugueses têm a tendência para interiorizar que os casos terceiro-mundistas só acontecem no nosso País. Com o fecho de algumas maternidades, nascer numa ambulância, durante o percurso numa qualquer auto-estrada ou via rápida, já se tornou uma rotina. De Espanha, chega-nos a notícia que uma mulher senegalesa deu à luz uma menina no AVE (o TGV espanhol) entre Málaga e Madrid. A 240 kms/h, o bebé viu a luz do dia na cafetaria do combóio de alta velocidade espanhol. Pena que esta história não nos sirva de consolação. Os espanhóis já têm o seu TGV enquanto nós ainda estamos a sonhar com ele. Ou será pesadelo?
Licença para matar
Matti Juhani Saari colocava no YouTube os videos em que treinava a pontaria com a sua pistola Walther P22. A polícia interrogou-o ontem, mas sem ter provas, para além de a sua arma estar legal, libertou-o. Hoje, numa localidade remota da Finlândia, este estudante de 22 anos, atirou a matar. Tirou a vida a 10 jovens, seus colegas no centro de formação profissional em Kauhajoki. Se tivesse entre nós, tínhamos filme para 15 dias e a queda do ministro da Administração Interna. Mas se por cá os assaltos em série já são uma moda, os assassinos em série ainda estão por importar. Valha-nos isso.
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