17 novembro, 2008

Estoira ou não estoira?

Parecia enterrado, mas está de regresso. O caso Freeport «ressuscita», pleno de força, de novo quando se aproximam actos eleitorais, agora que os altos comandos da PJ e do MP se deslocaram a Haia para falar com as autoridades inglesas, sobre o alegado processo de corrupção em que súbditos de Sua Majestade se sentem lesados pelo negócio de licenciamento do Outlet, de contornos muito nebulosos. Alegadamente, sempre alegadamente, parece que os «beefs» ficaram a arder com muito dinheiro, que se encontra, algures, num daqueles paraísos fiscalmente convidativos.
Em Outubro, o semanário «Sol» noticiou que os ingleses haviam descoberto transferências em dinheiro para personalidades portuguesas, designadamente para um escritório de advogados - e que existiam indícios «do envolvimento de um político português no caso». Para os mais esquecidos, recorde-se que, em 2002, a construção do Freeport foi viabilizada nos últimos dias do governo Guterres, em zona de Protecção do Estuário do Tejo, devido a decisões do Ministério do Ambiente, então liderado por José Sócrates.

Eu é que sou o presidente da FPF!

O amigável Brasil-Portugal, a disputar no início da madrugada de quinta-feira, em Portugal, só deverá ser visto por trabalhadores por turnos ou «tugas» com insónias. O sr. Madaíl, que teima em não dar uma para a caixa, não conseguiu que os brasileiros agendassem o jogo para uma hora decente para a malta ver. Os «zucas» não abdicaram do desafio do escrete em «prime-time», 22 horas em Brasília, meia noite em Portugal. Madaíl, qual figura decorativa, comeu e calou.

Eminência parda na Luz

Não aparece tantas vezes como aparecia João Malheiro. É mais eminência parda do que outra coisa. Chama-se João Gabriel, sabe-se que gosta de automóveis, foi assessor de imprensa do presidente Sampaio durante uma década e escreveu um livro em que conta a versão dele, e a de «Sampas, presumimos, sobre a «novela» do despedimento de Santana Lopes de S. Bento. Imaginem o que este homem sabe. Imaginem o poder e os contactos que este homem tem. Já nos esquecíamos de dizer: é o actual assessor de comunicação do Sport Lisboa e Benfica e deu a cara, ontem, por LF Vieira no caso dos «meninos de couro» das claques dos «No Name». Good boy!

Onde pára a polícia de choque?

A Justiça está no estado que se conhece por situações como a de hoje, em que uns energúmenos, ainda por cima cobardes com a cara coberta, foram agredir e insultar jornalistas e polícia (!!!) à porta de um...tribunal. Fantástico. Melhor do que isso, nem identificados foram. Há pouco, no post em baixo, confessei ter saudades das «forças de bloqueio». O caso das claques que se passou hoje à porta do TIC, faz-me ter algumas saudades das impiedosas cargas policiais do tempo de Cavaco. Porventura, faziam mais falta hoje do que naquele tempo.

Intimidade masculina distraiu guarda-redes


Algo nunca visto aconteceu no Catania-Torino da Liga Italiana. A equipa da casa apontou um livre, com dupla barreira, uma das quais integrando jogadores da equipa que marcava a falta, para enganar o guarda-redes. O inusitado aconteceu quando um deles resolveu, baralhar ainda mais o guarda-redes, baixando os calções e mostrando algo mais íntimo ao guardião adversário. Pelos vistos, deu resultado. Foi golo. O caso não está previsto nas leis do jogo, mas Pierlugui Colini, o «capo» dos árbitros, promete agir.
O melhor mesmo é ver o video.

Cautela e caldos de galinha presidenciais

Já não há pachorra para Cavaco e as suas cautelas e os apelos ao bom fundo dos portugueses para recuperar a nação, fugindo com o rabo à seringa sempre que se fala de temas mais quentes de natureza político-partidária. O homem já se deve ter esquecido que foi ele que inventou o termo «forças de bloqueio».

Protagonismos...

O líder da FENPROF aparece mais nos jornais e na televisão do que Manuela Ferreira Leite. Até já se diz que Mário Nogueira está a capitalizar protagonismo para chegar a secretário-geral da CGTP, substituindo o histórico Carvalho da Silva, e subir na hierarquia do PCP. Deve ser boato...

Maria vai como os outros

Sócrates até que tinha vontade, mas não vai «dispensar», para já, a ministra da Educação. Seria a queda de uma máscara (a sua) que vai perdendo firmeza mas que tem, a todo o custo, de ser mantida. A um ano de eleições, e fiel à máxima, «só os burros é que não mudam», o Governo prepara-se para recuar nas medidas anunciadas. Politicamente é o fim para a «Milu», mas who cares? Para o proximo governo o Primeiro-Ministro vai desencantar mais uma personagem para o Ministério da 5 de Outubro,no que será o 30.º titular da pasta em 46 anos. Esta, sim, é a verdadeira tragédia educativa.