Atirem foguetes, chamem palhaços e acrobatas. Acabei de ver a minha primeira série completa. Trata-se de «Homeland», cuja segunda série terminou em Portugal a semana passada. Ontem foi mais uma noite de glória nos Globos de Ouro, confirmando-a como a série mais aclamada da actualidade.
Foram 24 episódios de uma história, aparentemente banal, que mete serviços secretos, terrorismo e um amor improvável, mas em que o guião e especialmente o desempenho de Claire Daines e Damian Lewis deram um brilho inusitado. Mas é da loura que quero falar. Chama-se Claire, tem uns bem apessoados 33 anos e é atriz de profissão. Foi mãe há poucas semanas. Sei que interpretou a Julieta em «Romeu e Julieta», mas é na série da HBO «Homeland» que me tem feito ficar de beicinho. Já não sei o que dizer. Deixou-me «KO». Fiquei contra as cordas. Na minissérie ela é uma agente da CIA, pessoalmente solitária, viciada em trabalho e obcecada em denunciar um alegado herói da pátria americana, que afinal é um terrorista em potência, convertido ao islamismo radical. Para apimentar ainda mais a história, Claire, ou «Carrie Mathison», a personagem, sofre de um distúrbio bipolar. Azar dos távoras, ela acaba por apaixonar-se perdidamente por ele, Brody, um mentiroso compulsivo que tudo faz para ocultar a sua vida dupla. Em Setembro parece que chega a terceira série. Com expectativa redobrada. O que é que os argumentistas vão inventar desta vez para as aventuras e desventuras de Brody e Carrie?