29 junho, 2009

Edição especial

No dia em que se conheceram alguns pormenores macabros sobre a autópsia realizada a Michael Jackson, nomeadamente que usava uma peruca para esconder a calvície, tinha apenas 51 kilos, boa parte do corpo com marcas de picadas de agulhas e apenas comprimidos no estomago, a revista «Time» lançou uma edição especial sobre a morte do cantor. O relevo para este acontecimento deve-se ao facto de a revista norte-americana ter feito a última edição extra após o 11 de Setembro de 2001, já lá vão quase 8 anos.

O paraíso da impunidade



Se nos Estados Unidos a Justiça foi célere a condenar Madoff, por cá as autoridades engaiolaram apenas um suspeito pela prática de operações bancárias criminosas. Outros se poderiam seguir se houvesse um pingo de coragem para o fazer. Os nossos «Madoff» de trazer por casa podem continuar a pavonear-se, por aí, de jacto e com dezenas de gorilas a protegê-los.

O primeiro «milho» é para os jogadores

O antigo futebolista Fernando Mendes lançou um livro biográfico em que refere que o recurso a substâncias «dopantes» ilegais foi recorrente no futebol português durante a sua carreira. «Havia jogos em que entrávamos no balneário e perguntávamos ‘Onde está o 'milho’?. Pouco depois, aparecia o massagista com uma bandeja recheada de seringas para dar a cada um dos jogadores. Parecíamos galinhas de volta do prato, à espera da nossa vez: obcecados com a poção mágica que nos ajudava a correr mais do que os nossos adversários», conta, em discurso directo, o ex-atleta do Sporting, Benfica e FC Porto. A Procuradoria-Geral da República entende que não há nada para investigar, o que é estranho, visto que o «Eu, Carolina», um livro da responsabilidade de um alternadeira de credibilidade duvidosa, foi esmiuçado de fio a pavio e, de acordo com as primeiras decisões judiciais, tinha pouco por onde pegar.

Sem perdão

A justiça americana não foi sensível ao pedido de desculpas de Bernard Madoff e condenou o burlão, responsável por uma fraude superior a 50 mil milhões de dólares, a 150 anos de prisão.

Pacheco relax

Por momentos pensei que o programa em que o Pedro Mourinho apresenta as primeiras páginas dos jornais do dia seguinte, ao bater da 1 da manhã, havia sido antecipado para o serão. Num estúdio em tudo semelhante, aparece o bolachudo Pacheco Pereira, a apresentar o seu «Ponto Contra Ponto», onde faz uma análise de conteúdo da imprensa da semana que passou. Hilariante a análise que o historiador faz de uma edição do «Correio da Manhã», tendo destacado os respectivos suplementos que acompanhavam a edição daquele dia: um de emprego, o outro de execuções fiscais e um sobre anúncios de relax, acompanhado com «fotos sugestivas», segundo o próprio. «Isto é o país», disse. É, de facto. O «CM» agradece. O caso merecia um tratado de história a publicar no «Abrupto».