16 junho, 2011

Charivari judicial

Vai um enorme charivari por causa do copianço generalizado de uns senhores que aspiram a ser futuros magistrados da nação. Num país de cábulas, preguiçosos e pintas, não sei porque razão os juízes teriam de ser, quais ungidos de Deus, diferentes. Apesar do estilo truculento e trapalhão, mais um golo de Marinho e Pinto.

Conselheiro assediado

Na bolsa das apostas é dos mais bem colocados para o cargo dos cargos, ministro das Finanças. Especula-se que Vítor Bento, conselheiro de Estado e presidente do conselho de administração da SIBS (Sociedade Interbancária de Serviços), tenha dado «tampa» a Passos Coelho numa reunião que mantiveram ontem à noite na casa do economista. Reunião tão secreta, que minutos depois já a SIC-Notícias dava conta dela em rodapé. Este servidor que vos escreve estas linhas teve oportunidade de estar in loco lado a lado com Vítor Bento no aeroporto de Bruxelas, por volta das 19 horas de ontem. E posso garantir que não largava o telemóvel. Ou recebia conselhos amigos para o demoveram de aceitar uma pasta que escalda ou procurava o antídoto para evitar que as caixas multibanco sejam o alvo mais apetecíveis dos larápios nacionais.

A barracada

A cerimónia de assinatura do acordo de governo entre PSD e CDS foi uma verdadeira barracada. Escolheram um hotel cheio de charme, mas exíguo, o Vintage, ao lado do Altis, para acolher dezenas e dezenas de jornalistas. O que seria um mero exercício de assinatura de documentos para a posteridade, transformou-se num «circo» de desorganização e numa longa reunião de uma hora à porta fechada. Caricato o episódio dos «biombos» ou das «portas amovíveis», como lhes chamaram os jornalistas enquanto «enchiam chouriços», entre a sala de reunião e da declaração formal. O Luís, o amigo do Sócrates, era mestre na propaganda, mas ao menos organizava eventos sem mácula. A rever e a profissionalizar a máquina.