22 julho, 2012

Era uma vez um espanhol, um italiano e um grego

No dia em que Bruxelas e Berlim filtraram em importantes meios de comunicação que o tempo da Grécia chegou ao fim, um espanhol decidiu fazer uma brincadeirinha em solo germânico. O piloto de fórmula 1, Fernando Alonso, venceu no GP da Alemanha e no final, apesar de ressalvar «perceber pouco de política», fez o balanço da corrida: «Um espanhol, com um carro italiano, desenhado por um grego, ganha na Alemanha».  Realmente, se não houvesse desporto, a vida era um aborrecimento.

A táctica do «escorpião»

Ninguém imagina que as intervenções públicas de dirigentes de topo do CDS não estão coordenadas com Paulo Portas, que sabe mais a dormir do que Passos acordado. O gestor e presidente do conselho nacional do CDS, Pires de Lima, veio hoje advogar uma descida da carga fiscal para o orçamento 2013, isto numa altura em que o governo, liderado pelo PSD, pondera aumentar a carga dos impostos que os portugueses suportam. Não sei bem o que significa este governo a duas velocidades, só sei que isto quer dizer tudo menos coesão. O «escorpião» Portas não faz estalar o verniz, mas escolhe as alturas de forma cirúrgica para espalhar o seu veneno.