31 maio, 2010

«Mou» e a teoria da gravata desapertada

A marca «José Mourinho», devidamente registada e blindada, ao melhor estilo de «CR9», é uma das mais valiosas e carismáticas da actualidade. No país das revistas «del corazón», Mourinho e a sua barba de três dias e os cabelos grisalhos, ao melhor estilo do seu ex-vizinho do Lago di Como, George Clooney, vão ser escrutinados diariamente. Ao mais ínfimo pormenor. Um crítico do jornal «El Mundo» foi ao ponto de, reparando no pormenor da gravata desapertada de Mourinho, ter dito que Florentino Perez, o presidente do Real e dono de um império da construção civil em Espanha, «confia o o seu futuro ao nó torcido da gravata do treinador». Modas à parte, certo é que ninguém lhe ficará indiferente a «Mou», o «petit nom» que italianos e agora espanhóis adoptaram. Estamos desertos que comece a temporada. Mas antes disso deixemos o homem ir de «vacaciones» para estoirar um mesito de ordenado. O pior, para ele e para a sua família, é que não é garantido que nas Maldivas Mourinho seja um desconhecido.

Guerra, mentiras e vídeos

No eterno conflito do Médio Oriente, israelitas e palestinianos vão-se revezando no papel de carrasco e vítima. O último episódio, em que Israel atacou indiscriminadamente um conjunto de seis navios que transportava cerca de 750 pessoas dispostas a prestar ajuda humanitária à Faixa de Gaza, é inexplicável, independentemente da quantidade de videos justificativos que Telavive apresente e do eterno argumento da legítima defesa. Os múltiplos contactos diplomáticos são irrelevantes para travar a espiral de violência. Ainda está para nascer o presidente americano que consiga desmobilizar a obsessão bélica do «velho aliado». Depois não se queixem por serem dois dos países mais odiados do Planeta.

Real Mourinho

Mourinho, dia um na «casa branca» espanhola. O português mais conhecido do Mundo foi apresentado, sem pompa e com pouca circunstância, no estádio do clube mais mediático do Planeta. Uma hora de conferência de imprensa, de forma fluente em várias línguas, onde sobressai a frase, «neste clube atrai-me a história e as frustrações». Quem fala assim, não é gago.

A frase do dia

«O Mundial fará melhor ao Governo do que ao País», Bagão Félix, ex-ministro das Finanças, Jornal de Notícias, 30 Maio 2010