03 janeiro, 2010

Perguntem que eu respondo

O ex-director do «Público», José Manuel Fernandes, é um verdadeiro «agarrado» das redes sociais. Imaginem que no Facebook excedeu o limite máximo de amigos que é possível ter - 5 mil. Insatisfeito, inventou outra nova, o Formspring, em que convida, quem quiser, a formular-lhe questões sobre os mais diversos temas. Desde as suas aulas na Católica, ao futuro dos jornais em papel, passando pela sua polémica tomada de posição pró-invasão do Iraque. É uma espécie de entrevista por e-mail. O homem responde a tudo. Até houve um espertinho que ousou questioná-lo sobre se tinha fundamento ou era boato a notícia sobre a possibilidade do «Zé» ir para assessor do outro «Zé», o Manuel Barroso, em Bruxelas. Que desfaçatez!
PS: Responde o «Zé», o jornalista, que é boato. Será?

Conflito de valores

Depois de 2001 o mundo nunca mais foi o mesmo. De locais de passagem, moderadamente aprazíveis, os aeroportos transformaram-se em autênticas trincheiras. Foi precisamente em Heathrow onde senti na pele o ambiente mais agressivo das forças de autoridade no controle de metais. Polícias armados até aos dentes e de olhar agressivo, obrigavam aos gritos os passageiros avançar rapidamente, como se fossem perigosos criminosos. O nervosismo era muito, a tensão brutal. Depois do 11-Setembro, em nome do valor segurança, sacrificam-se os valores da privacidade e da intimidade. Hoje, o Primeiro-Ministro britânico anunciou que serão introduzidos gradualmente «scanners» corporais nos aeroportos do seu país, no sentido de minimizar os riscos de embarque. Trata-se de uma medida em nome da segurança, é certo, mas que vai transformar o acto de viajar num exercício de tortura pessoal.

A frase do dia

«O futuro está na mão de Deus, não na dos videntes ou dos economistas», Papa Bento XVI, no primeiro Angelus de 2010, Praça de São Pedro, Vaticano, 3 Janeiro 2010