16 outubro, 2008
Pressão desportiva e fisiológica
Ainda os ecos do empate com a Albânia. Scolari foi ressuscitado nas capa dos jornais. Dizem os jornais que há «saudades» do brasileiro. Os talentosos, mas imaturos jogadores, têm culpas no cartório, mas sentem a falta de um líder dentro de campo. Coisa que não existe desde a sáída de Figo e Rui Costa. Os malabarismos e outros números de circo não chegam para ganhar jogos, muito pelo facto de os rapazes lidarem mal com a pressão. Cristiano Ronaldo está uma sombra e o seu ar de enfado, recriminando o público de Braga pelos assobios é prova que a braçadeira de capitão (e o resto) já lhe subiu à cabeça. Talvez em Dezembro, quando souber que perdeu o prémio de melhor jogador do mundo, para Messi ou Casillas, fique algo mais humilde. Por falar em pressão, até o presidente da FPF se deixou levar pela pressão fisiológica e saiu a correr, a 10 minutos do fim, para o WC. Provavelmente até deu jeito. Assim, Madaíl furtou-se a ouvir alguns insultos.
Oásis mediáticos
Belo para viver é o país onde não há assaltos a bancos a abrir os telejornais, quando eles continuam a acontecer; belo para viver é o país onde não há assaltos a gasolineiras nas capas dos jornais, quando eles continuam a acontecer; belo para viver é o país onde não há notícias de partos dentro das ambulâncias a caminho das maternidades, quando eles diariamente se verificam. Manuel Pinho, o ministro da Economia, doutorado em previsões furadas, voltou a errar quando disse há um par de dias que «Portugal não é um oásis». De facto não é, mas a abordagem mediática da realidade pode torná-lo algo mais doce.
Escolas demasiado democráticas
A procuradora-geral adjunta, Maria José Morgado, rejeita ser especialista em temáticas de ensino, mas sempre diz que «provavelmente, houve democracia a mais nas nossas escolas». Em entrevista ao número de Outubro do «Ensino Magazine», a coordenadora do DIAP de Lisboa acrescenta que «se desvalorizaram os valores da disciplina, exigência e responsabilidade». Sobre a Justiça, afirma que o combate à corrupção é uma guerra prolongada e classifica o estado da máquina judicial como sendo da Idade da Pedra. Curta e grossa.
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