04 setembro, 2011

O «Crime Center» de Benfica

Uma vez ouvi Paulo Portas dizer, quando o democrata cristão ainda era um humilde líder da oposição, que o local de Lisboa com mais actos de criminalidade era o Centro Comercial Colombo. Fiquei surpreendido, mas até era capaz de ter lógica. Nos últimos meses as ocorrências descambaram muito para lá do pequeno furto e depois da zaragata entre ciganos no «Fun Center», que meteu tiros e tudo, hoje aconteceu mais um esfaqueamento à porta do shopping propriedade do retalhista Belmiro.

Um dia para relembrar

Começam a sair em catadupa os memoriais de celebração de uma década dos trágicos atentados do 11 de Setembro, que se cumpre no próximo domingo. A «The Economist» já está nas bancas com uma capa simbólica sobre o dia que mudou o mundo. A BBC também não brinca em serviço e já tem disponível um «timeline» muito bem feito com a cronologia ao minuto dos acontecimentos.
http://www.bbc.co.uk/news/magazine-14681384

O medo da própria sombra

Sócrates vendia ilusões, Passos Coelho antecipa medos. Hoje no encerramento da Universidade de Verão trouxe à colação a eventual contestação social às medidas duras do executivo, aludindo a reacções violentas como motins e incêndios nas ruas. Uma de duas, ou o Primeiro-Ministro tem informação privilegiada junto do SIS que os anarquistas se preparam para invadir Portugal ou então está borrado de medo com as manifestações, até agora sempre pacíficas, que os sindicatos se preparam para organizar em Outubro. Sinal de fraqueza e de grande insegurança. O MAI, Miguel Macedo, ultimamente desaparecido em combate (terá desertado como o Ricardo Carvalho?) já deve estar a preparar a polícia de choque para malhar na malta carenciada e oprimida.

A frase do dia

«O sucesso do governo será a tragédia do país», Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, no discurso de encerramento da festa do Avante, TVI 24, 4 Setembro 2011

Mentiroso ou tanso

O Primeiro-Ministro fechou hoje a Universidade de Verão de Castelo de Vide apontando 2012 como «o ano do princípio do fim da emergência nacional». Está visto que Passos Coelho também não aprendeu com os erros do passado, de Sócrates, Santana e Pinho que chegaram a decretar o fim da crise. Ou mente ou está-se a fazer de tanso.
PS: Além do mais, a directora-geral do FMI acaba de afirmar que a economia mundial está na «iminência» de uma recessão
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