10 maio, 2009

Um «mouro» que caiu nas graças do «dragão»

Jesualdo Ferreira, o «mouro», deu mais um tetracampeonato para o palmarés azul e branco. Vitória justíssima no campeonato 2008/2009 da equipa mais regular, mérito para o treinador que transformou o pior plantel do FC Porto dos últimos tempos numa equipa competitiva, com a habitual raça dos «dragões». As dedicatórias de mais este título têm vários destinatários: Luis Filipe Vieira, Carolina Salgado, Leonor Pinhão, Maria José Morgado e (convém não esquecê-lo), Rui Rio. Com a arrasadora performance desportiva do FC Porto no consulado Pinto da Costa, apetece questionar, como fez Rui Santos na análise do seu «Tempo Extra», a validade da tradicional designação de «três grandes». Parece que só há mesmo um. Os outros vivem dos rendimentos e dos saudosos e épicos jogos que passam na RTP-Memória.

A frase do dia

«Não há nada de mal numa rapidinha, mas quando se torna no mote é muito aborrecido», Marta Crawford, sexóloga, jornal «I», 9 de Maio 2009

«Esquecimentos»...

Desconheço se a versão disponibilizada pelo «Jornal de Notícias» da entrevista com Sócrates na sua página da internet é a versão integral, mas em caso afirmativo, constato que os entrevistadores (e foram logo 3 entrevistadores) se «esqueceram» de perguntar sobre o Freeport, a Cova da Beira e os processos movidos pelo primeiro-ministro contra jornalistas. É evidente que se eu fosse director de jornal, preferia ter uma entrevista com o Primeiro-Ministro do que não ter, mas ocupar 5 ou 6 páginas de jornal com uma conversa combinada e definida à partida não tem qualquer mais-valia para o produto jornalístico.

Confissões de um tímido

Granjeando uma «boa imprensa», dificilmente comparável com outro qualquer político da praça, o assumido «tímido» António Costa lançou a sua ofensiva mediática. Sexta-feira concedeu uma entrevista, em registo intimista, no «divã» de Anabela Mota Ribeiro, no «Jornal de Negócios». Sábado, dose dupla, no «Público», onde divulga os seus projectos culturais para a capital, com papelada debaixo do braço e no «Sol», onde se dá ao trabalho, de alinhar nas «entrevistas imprevistas» que ilustram a página 2 e parcialmente a 3 do jornal do arquitecto Saraiva, confessando ter o mau hábito de roer as unhas, gostar de «pezinhos de coentrada e mãozinha de vaca» e de ter dificuldades com substâncias gelatinosas. Uma indirecta clara a Santana.