A casa de férias do Procurador-Geral da República na Guarda não escapou à gula dos meliantes. Também já entrou nas estatísticas da criminalidade. À noite, fiel ao seu estilo frontal, Maria José Morgado sublinhou na RTP os «sinais preocupantes» do crime, especialmente o violento, tendo criticado repetidamente os políticos por estarem «inebriados das suas leis», responsáveis pela brandura do seu alcance e que permitem libertar criminosos reincidentes. A procuradora-geral adjunta falou das originalidades penais e processuais à portuguesa, criticando sem piedade as alterações introduzidas ao código penal, que, na sua opinião, criaram um código para ricos e outro para pobres.
11 setembro, 2008
A Bimby como arma política
Regressada de uma longa hibernação estival, Ferreira Leite convocou uma conferência de impresa para falar, não da insegurança, não do custo de vida, não do apoio do Estado às PME, mas sim do...voto dos emigrantes. A presidente do PSD recusou-se a falar de qualquer outro tema fora da agenda do dia. Qualquer dia a ex-ministra da Educação e das Finanças, ainda chama os senhores jornalistas para pronunciar-se sobre uma praga de ratos nas caves da São Caetano à Lapa ou, então, sobre esse milagre chamado Bimby que revolucionou a forma de cozinhar nos nossos dias.
Tambores de guerra
Já foi mais risonha a coabitação entre Belém e S. Bento. A crise dos 2 anos de relação institucional revela-se cada semana que passa. O trapalhão Rui Pereira insinuou que Cavaco estava a ser força de bloqueio na promulgação da nova lei orgânica da GNR. A Presidência da República não gostou e lançou um comunicado, prontamente respondido por um contra-comunicado do MAI suavizando as criticas. Uma «guerra», mesmo que velada, entre Cavaco e Sócrates seria bem mais corrosiva para a popularidade do governo do que 10 conferências de imprensa diárias de Ferreira Leite anunciado medidas concretas.
A verdade da mentira
Não vi a estreia do «Momento da Verdade», com Teresa Guilherme, na SIC, limitei-me a acompanhar o resumo publicado nos jornais, mas vai um grande rebuliço pelos cafés, restaurantes, mercados e repartições públicas onde se comenta mais o programa da véspera em detrimento da produtividade. O jogo explica-se depressa: um cavalheiro(a) submete-se às perguntas implacáveis da ex-big sister, sendo a veracidade das respostas aferidas pelo também implacável polígrafo. O vencedor leva 25 mil euros para casa, mesmo que para tal tenha que confessar perante 2 ou 3 milhões de portugueses que trai a mulher, faz sexo sem preservativo com desconhecidas ou que já foi trabalhar bêbado. Este é, de facto, o momento da verdade para as televisões portuguesas. Vale tudo. Tudo mesmo. Sem piar muito, a Teresinha presta-se a mais este lixo televisivo. Que remédio. Que saudades do «Eterno Feminino» de há duas décadas na RTP2.
Um forte candidato à guilhotina
«Cortem-me o pescoço se um dia se provar que houve um cêntimo de prejuízo para a câmara neste processo. Podem-me cortar o pescoço, que eu faço uma carta a dizer que o autorizei», Valentim Loureiro, presidente da Câmara de Gondomar, comentando o caso de um complexo desportivo em Rio Tinto, em que é acusado de favorecimento de particulares, Agência Lusa, 11 Setembro 2008
O que é que é preciso para ser preso neste País?
«O homem que terça-feira feriu gravemente um outro com três tiros dentro da esquadra da PSP de Portimão vai ficar a aguardar o julgamento em liberdade, mas proibido de abandonar o concelho, segundo fonte judicial», Agência Lusa, 10 Setembro 2008
O fantasma de Scolari
Mesmo em Londres, ganhou Scolari. E deve estar a rir que nem um perdido. O homem era criticado, mas nunca perdia em casa. Queiroz perdeu logo no primeiro jogo no nosso reduto. Pepe e Deco, os dois nacionalizados, muito por sua iniciativa, são os dois melhores jogadores da selecção das «quinas». Para o treinador do Chelsea fazer o pleno, mesmo à distância, o guardião Quim «foi às compras» no segundo golo dos dinamarqueses. Este «sargentão» não nos larga...
Hábitos «tugas»
Mais de 33 mil pessoas estiveram hoje em Alvalade. Só não se compreende porque é este povo «tuga» insiste em deixar tudo para a última, chegando ao ponto de estar numa fila descomunal para adquirir ingresso quando estão a soar os hinos nacionais. Meia hora depois do pontapé de saída ainda havia gente a entrar. Em certos países civilizados, quando o relógio marca a hora exacta para se iniciar o cinema, o teatro ou a ópera, fecha-se a portinha e não entra mais ninguém. Quem está, está, quem não veio, tivesse vindo. O país dos brandos costumes continua no seu melhor.
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