Pela primeira vez estou em sintonia com o Costa e em desacordo com os bacocos que dizem que meter uma pista de gelo, um carrossel infantil e barraquinhas em plena praça do Rossio até 9 de Janeiro é uma «cacofonia híbrida, de uma insensibilidade total para com a envolvente arquitectónica». Se calhar preferiam ter o Rossio em exclusivo para os indigentes, para os turistas-fotógrafos e para os dois moradores que dizem (ainda) lá viver...
29 novembro, 2010
Afinal havia outra
Certa imprensa continua a acompanhar apaixonadamente a brutal sova de que foi vítima Sandra, a ex-namorada de Rui Costa, o director desportivo do Benfica. Nas entrelinhas de algumas publicações, nomeadamente o «Correio da Manhã», insinua-se que foi «vingança». A verdade é que Rui e Rute, a sua esposa, encontram-se em processo de separação. O jornal não diz, mas insinua algo. Afirma e reafirma que Sandra e Rui sempre mantiveram uma «relação de grande proximidade», tendo a hospedeira de longo curso da TAP sido uma paixão de adolescência do antigo atleta do Benfica e da Fiorentina. É só somar dois e dois. Uma história que faz a «Casa dos Segredos» parecer um excerto do filme «Música no Coração», mas sem a Julie Andrews.
Tchau também para ti
Por falar em mal-educados, Jorge Jesus deu mais um ar da sua graça, na versão mó de baixo. Foi rude, para ser polido, com o jornalista da TVI que cumpriu o seu papel. O seu «então, tchau», fica para os anais. Invocar a lei da Liga sobre as perguntas, apenas sobre o jogo, que se devem fazer na flash interview é tapar o sol com uma peneira. Quem não quer responder, segue o exemplo dos políticos, pródigos em dizerem, «não comento». Entretanto, já hoje, apareceu , talvez vindo do nevoeiro, o ex-sampaísta de carteirinha, João Gabriel, ilustre director de comunicação do SLB, que ameaçou que o clube da Luz pode deixar de comparecer às entrevistas para as televisões no final do jogo. Mais uma para rir depois do pedido de boicote aos adeptos para assistirem aos jogos fora de casa. Com uma classe jornalística desunida e a precisar destas tricas como de pão para a boca para sobreviver, é natural que as ameaças, nem sempre concretizadas, prossigam. Enquanto não forem os jornalistas a arrumarem os microfones e as câmaras e a dizem «então, tchau», para os que com eles gozem, o fandango promete continuar.
Ímpeto em excesso
É inquietante ver Cristiano Ronaldo, que dizem ser um dos melhores do mundo e que por acaso também tem a braçadeira de capitão da selecção das quinas, sempre envolvido em cenas pouco edificantes. Ele é protestos repetidos com os árbitros, gestos impetuosos, provocações a adversários e até a treinadores, como aconteceu hoje com o técnico do Barcelona, Guardiola, numa reposição de bola. Uma lição de boas maneiras e fair-play não lhe ficava mal.
O orgulho derrotou o centralismo
Um baile à moda da Catalunha. Uma mão cheia de golos. Cinco sem resposta. A primeira derrota de Mourinho na era Real Madrid e provavelmente a mais expressiva da sua carreira. O orgulho catalão humilhou o centralismo madrileno. Mas como avisou o treinador português antes do jogo, quer ganhasse ou perdesse, amanhã é terça-feira. Ou «Martes», como dizem no país vizinho...
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