16 agosto, 2012

Entre a lei da diplomacia e da força

Julian Assange é um sobrevivente e uma dor de cabeça para americanos e britânicos. Os primeiros querem a sua cabeça para culpá-lo pelo desvendar das comprometedoras mensagens diplomáticas, os segundos querem extraditar o fundador do Wikileaks, a propósito de uma alegada queixa por violação, à Suécia para depois seguir direitinho para Washington para ser julgado pela revelação de documentos confidenciais. Como Assange é esperto como um alho, escolheu há 2 meses a embaixada do Equador, na zona Oeste de Londres, um país do contra e que não se incomodou nada em conceder o asilo político ao australiano. Contudo, o "Foreing Office" diz que Assange não sairá livremente da embaixada do Equador, em Londres, para Quito, no outro lado do mundo. O que resta? Invadir a embaixada, à revelia de convenções internacionais, e provocar um banho de sangue? Interceptar um veículo da embaixada equatoriana rumo ao aeroporto e algemar Assange à boa maneira de Hollywood? Ninguém sabe. Um duro teste à diplomacia.

A bomba relógio em contagem decrescente

O dossier imobiliário, que envolve a Lei das Rendas e o IMI, pode ser o golpe fatal que conduza à desagregação do governo. Pela reportagem que a TVI apresentou esta noite no seu jornal, há muito boa gente que «não percebe nada do assunto» e que não está a ver que a sua renda de «6 contos de reis» (sic), pode passar para muitas centenas de...euros. O IMI será outro drama. As dolorosas começam a chegar na volta do correio. Bem sei que Passos disse que se «lixassem as eleições», mas por este caminho o PSD vai regressar ao seu lugar na oposição.

A frase do dia

«O fim da recessão em 2013 é uma profissão de fé», António Capucho, ex-conselheiro de Estado, Público, 16 Agosto 2012