28 novembro, 2011

O túnel dos segredos

O duelo da Segunda Circular está que arde. O «Godinho dos Barcos», já completamente recuperado da cirurgia (terá sido mesmo?) que o impediu de estar na Luz, acusa o «Vieira dos Pneus» de ter protagonizado graves incidentes junto aos balneários do Sporting, no passado sábado. O presidente leonino diz que tem as imagens dos incidentes. Mais uma vez se comprova que o túnel da Luz é um verdadeiro desassossego. Prevê-se o pior. Ainda para mais quando é público e notório que os espectáculos dentro do campo melhoram a olhos vistos. Fora do campo os episódios ameaçam ficar interditos a menores de 18 anos.

A Vespa ferrou o «LP»

O ministro Mota Soares, também conhecido no meio político por «LP» de Luís Pedro, adora Vespas, mas não hesitou em adquirir para o ministério que tutela uma viatura no valor de 86 mil euros. Ainda está para nascer em Portugal o governante que se desloca de casa para o trabalho em transportes públicos e não apenas para ficar bonito nas fotografias propagandísticas de campanha eleitoral.

Berlim uber alles

Com o autarca da capital do Santo António a banhos na indonésia Bali, em Lisboa a austeridade está a deixar mais escura do que nunca. Nem no centro há motivos natalícios. A maior árvore de Natal a assinalar a quadra parece mesmo ser a que está na praça central do Centro Comercial Colombo. Cenário diferente em Berlim. Na avenida principal de Berlim-leste, a Unter den Linden (por baixo das tílias, em tradução para português), as iluminações de Natal foram oficialmente inauguradas. Apesar de os portugueses terem confessado ir gastar mais do que os germânicos nas compras «navideñas», nos artifícios os alemães tomam dianteira.

O fado no subterrâneo

No dia seguinte à entronização do fado à escala global, boa iniciativa a do Metropolitano de Lisboa ao passar em todas as estações a canção nacional, que agora é de todo o mundo. Apesar da contenção no transporte metropolitano, as ideias luminosas ainda não pagam imposto.

«Merkozy», um ser híbrido

Freitas do Amaral reapareceu em público, aparentemente melhor das suas malfadadas costas, para definir como um «ser híbrido» o que chamou «Merkozy». Para o ex-MNE, a Europa é um conjunto de estados democráticos governado por uma ditadura. Gostava de ver o candidato a Belém, cujo lema da sua candidatura foi «Prá frente Portugal», repetir isto se estivesse sentado no Palácio das Necessidades.