05 novembro, 2009

Obras públicas paradas no tempo

O choque tecnológico continua a passar rasteiras ao Governo que o celebrizou. Segundo o «Expresso» Online, no site do Ministério das Obras Públicas parece que não houve eleições no dia 27 de Setembro e muito menos remodelação governamental. O ministro ainda é Mário Lino e os seus fiéis escudeiros, continuam a ser os secretários de Estado, Ana Paula Vitorino e Paulo Campos.

Meter a viola no saco

A táctica é conhecida: quando um político ou um governo tentam aferir junto da opinião pública o impacto de uma eventual medida impopular, usa os «media» para agitar esse espantalho, que geralmente penaliza o bolso do contribuinte. Foi assim com as famigeradas portagens à entrada das cidades, é assim com as taxas cobradas pelo uso do Multibanco. O Governo tentou a sua sorte e, em articulação com as entidades bancárias, vislumbrou um levantamento, sob a forma de «milícia» popular, capaz de agitar os fragéis alicerces de um executivo minoritário. O melhor é meter a viola no saco, como fez Teixeira dos Santos, ao garantir que o Estado irá utilizar a faculdade que a lei dá para não dar seguimento a essa directiva europeia. Talvez da próxima resulte.

A frase do dia

«A Assembleia da República não é a "Quadratura do Círculo"», José Sócrates, dirigindo-se para Pacheco Pereira, durante o debate sobre o programa do Governo, SIC-Notícias, 5 Novembro 2009