As «tocas» do líder

O DN virou, definitivamente, o bico ao prego. Passos Coelho é o que está a dar. A revista de sábado do jornal do Oliveirinha publica uma reportagem com o putativo primeiro-ministro com o seguinte enigmático título: «Viagem à toca de Passos Coelho». Revelação da peça, a seguinte passagem: «O caminho de casa, em Odivelas, até à Lapa não costuma demorar muito». Afinal, Mendes Bota não anda bem informado. O presidente do PSD não mora em Massamá, mas em Odivelas. Ou então tem mais do que uma casa, modestas e bem longe do conceito de condomínios fechados, em concelhos da área metropolitana da capital.

Encontro formal, indumentária informal

A pedido de muitas famílias o machado de guerra parece ter sido enterrado. Passos Coelho foi à Madeira desejar que o PSD Madeira e o PSD nacional acertem agulhas e até ouviu Jardim reconhecer que o presidente do PSD «dava um bom primeiro-ministro». Apenas um detalhe passou à «comissão de reconciliação» que organizou o encontro: enquanto Passos vinha trajado a rigor, Jardim envergava umas calças de ganga e um polo branco com riscas. Conhecendo-se o feitio do líder regional, não seria de estranhar que a desfeita tenha partido do próprio.

Garantidamente em crise

É oficial: o Benfica está em crise. Há 58 anos que a equipa encarnada não perdia os dois primeiros jogos do campeonato. Garantidamente que ninguém esperava, mas é garantido que Jesus já deve ter tido mais fãs na Luz após a noite de hoje. A teimosa aposta no «portero» do 1,93 metros e dos 8 milhões na baliza voltou a dar-lhe dois dissabores, um deles absolutamente ridículo. O Deus encarnado anda tão desacreditado que o melhor é não publicitar a marca das pastilhas elásticas que ele mascou, umas atrás das outras, durante os 90 minutos, não vá o negócio por água abaixo.

A frase do dia

«Vamos ser bi-campeões. Garantidamente no futebol não há garantias, mas é aquilo que eu penso», Jorge Jesus, treinador do Benfica, na conferência de imprensa de antevisão do jogo com o Nacional, RTP-1, 20 Agosto 2010