O incógnito jornal da Lena

Em plena crise no panorama mediático, e não só, anuncia-se para a Primavera o lançamento de um jornal, ao que se julga diário e de âmbito nacional, afecto ao grupo Lena, uma empresa de construção civil, que se expande a outros domínios, nomeadamente na comunicação social. Alegadamente próximo da esquerda, a socialista, bem entendido, o grupo Lena tem-se escusado a revelar o nome da publicação, apenas assegurando que o novo título pretende «provocar». A meia dúzia de meses de eleições, importa saber se o alvo será o governo ou a oposição.

Like a virgin...

A edição mexicana da famosa revista «Playboy» publica na capa a fotografia de uma modelo vestida de Virgem Maria, de seu nome Maria Florência Onori, o que provocou a fúria num país em que 89% da população é católica.

Os «pobres» homens do apito

A Agência Lusa revela hoje uma notícia sobre os proveitos financeiros dos árbitros portugueses e que ajuda a desmistificar a ideia dos coitadinhos e masoquistas que ouvem palavrões e insultos da assistência e sacrificam os fins-de-semana com as mulheres e os filhos para ganhar meia dúzia de tostões. Para que conste, a Liga de Clubes paga 1.090 euros por cada jogo na Liga e 800 euros por um jogo da Honra. O quarto árbitro recebe 25 por cento deste valor. Na Taça da Liga um jogo com uma equipa da Liga vale também 1.090 euros, enquanto sem equipas da Liga é pago como um jogo da Honra. Na Taça de Portugal a Federação paga 560 euros por jogo. A somar a estes valores há ainda um subsídio mensal de 400 euros.
O top 10 dos árbitros mais bem pagos nesta temporada, segundo a contabilidade da Lusa, é a seguinte:
1.º Hugo Miguel, 18.735,00 euros
2.º João Capela, 17.507,50 euros
3.º Cosme Machado, 17.190,00 euros
4.º Elmano Santos, 16.427,50 euros
5.º Vasco Santos, 15.477,50 euros
6.º Luís Reforço, 15.300,00 euros
7.º Rui Costa, 14.987,50 euros
8.º Pedro Henriques, 14.755,00 euros
9.º Artur Soares Dias, 14.422,50 euros
10.º Paulo Baptista, 14.282,50 euros

Quanto passarão a auferir os senhores do apito quando se concretizar a sua profissionalização?

As polémicas cores natalícias

A página online mais lida em espanhol, o site do El Mundo, publica um artigo com grande destaque sobre «as polémicas luces navideñas de Lisboa». A autora da peça, Virginia Lopez, relata que a despesa do exultante colorido natalício ficou por conta de privados, com a inevitável poluição visual em locais emblemáticos como o Marquês de Pombal, Rossio, Praça do Comércio e Cristo-Rei, facto que gera críticas de «alfacinhas» e turistas, nomeadamente espanhóis, auscultados pela repórter. O autarca António Costa, que há uns meses atrás recebeu um tratamento bem simpático dos socialistas do «El País», vê agora o reverso da medalha, na webpage, consultada por milhões de leitores, do jornal alinhado com a direita do país vizinho.

A frase do dia

«Quase seguramente vamos ter mais situações da natureza do caso Maddoff, porque quando a casa vai abaixo, encontram-se esqueletos dentro do armário», Paul Krugman, Prémio Nobel da Economia, entrevista à Cadena SER, 26 Dezembro 2008

A barbárie

Ataque israelita à cidade de Gaza fez pelo menos 150 mortos e centenas de feridos. Um massacre na semana do Natal. A guerra cega, odiosa e sem quartel não conhece tréguas natalícias. Provavelmente, o maior problema que a administração Obama, na pessoa da secretária de Estado Hillary Clinton, terá para resolver nos próximos 4 anos.